A plenária que discutiu o plano de lutas do congresso aprovou por unanimidade que nossa categoria está em estado de greve. Essa decisão se deu a partir da avaliação das reuniões ocorridas com o governo, no final do ano de 2011 e neste ano, onde pouco se avançou e o governo continua mantendo posição de não apresentar uma contraproposta para a categoria.
Calendário
9 e 10 de maio – Paralisação na Universidades (concentração em frente a reitoria da UFSC a partir das 8 horas);
17 de maio – caravana a Brasília;
18 e 19 de maio – Plenária Nacional estatutária da Fasubra para discutir pendências do Plano nacional de Lutas aprovado no XXI Confasubra;
30 de maio – Último dia para negociação com o Governo Federal.
Análise das Negociações
A representação da Fasubra, na mesa específica, informou ao governo que o XXI Confasubra teve a participação de mais de mil delegados e delegadas de todo país e aprovou, por unanimidade, o Estado de Greve, fixando o dia 30 de maio como data limite para conclusão das negociações com o governo. Foi colocado para o secretário de relações do trabalho, o Sr. Sérgio Mendonça, que há uma grande expectativa de toda categoria para que as negociações avancem e cobremos uma proposta concreta, pois nas mesas de negociações, o governo não tem acordo com a nossa pauta e ao mesmo tempo não apresenta contraproposta, o que se traduziria em vontade política de seguir negociando.
Na mesa geral, a representação da Fasubra, em conjunto com as entidades do Fórum dos SPFs, foi taxativa ao exigir do governo um reajuste salarial emergencial, data base para o serviço público, reajuste dos benefícios, entre outras demandas.
Na prática aplica-se uma política salarial que não repõe a inflação do período e, ao mesmo tempo, aprova no congresso projetos de lei que atacam frontalmente direitos dos trabalhadores do serviço público federal. Sem falar nas auditorias do MPOG que vem ameaçando e retirando conquistas legítimas de nossa categoria, como reposicionamento dos aposentados, sem ao menos dar o direito básico ao contraditório e ampla defesa.
Pelo decorrer das reuniões já realizadas, verificamos que o governo segue com a mesma postura improdutiva, que serve somente para marcar outros encontros, com o objetivo claro de “esticar a corda” para, no limite dos prazos, incluir propostas orçamentárias, ou apenas para dizer que nada tem a oferecer, até chegar ao limite de nos obrigar a aceitar qualquer migalha, sem ter de fato tempo para discutir com a categoria.
Não podemos aceitar o argumento que há restrições orçamentárias para atender nossa pauta em função da crise econômica mundial. As consequências dessa crise ainda não chegaram efetivamente por aqui e mesmo que cheguem não aceitaremos pegar essa conta. O governo tem batido recorde de arrecadação em impostos e tem dado bilhões em benefícios fiscais ao empresariado. Aumentaram os salários de ministros, deputados e da prórpia presidenta e para nós a política é de reajuste zero!
A única alternativa é a mobilização desde já! O Congresso da Fasubra fez uma opção acertada, impondo prazo para finalizar o processo de negociação. O conjunto das entidades dos serviços públicos federais está buscando a unidade para uma greve que coloque em cheque essa política do governo e precisamos estar juntos em mais uma frente de luta.
Por isso a direção nacional da Fasubra convoca os Técnicos Administrativos em Educação, de todo o país, a se levantarem para, juntos, aumentarmos a temperatura das mobilizações, com demonstração de força e disposição de luta da base. Esse elemento é fator decisivo para vencermos a intransigência do governo nas mesas de negociação. A próxima reunião com o governo está marcada para o dia 17/5, exatamente no dia de nossa caravana. Portanto a ordem é TODOS À BRASÍLIA!
Fonte: Fasubra
