Na tarde desta terça-feira (26), os vereadores de Florianópolis aprovaram, por 13 votos a 09, o projeto do Pacote de Privatizações do prefeito Gean Loureiro, o “pacotaço” que arranca direitos dos trabalhadores e ataca a Comcap.
Uma perda para todo o serviço público, já que faz parte de um projeto privatista que busca entregar os serviços essenciais nas mãos do setor privado. Acumulando os lucros nas mãos dos empresários e distribuindo os prejuízos à população.
A empresa que será contratada é a Amazon Fort Soluções Ambientais, uma empresa privada do grupo Amazon Fort, de Porto Velho (Rondônia), com uma longa lista de denúncias perigosas à saúde da população e prejudiciais aos cofres públicos.
Apesar dessa derrota, a greve dos trabalhadores da Comcap continua (em decisão aprovada em Assembleia na manhã desta quarta-feira, 27) e mostrou a consciência adquirida pelos trabalhadores, a União e a força da categoria que seguirão resistindo pelos seus direitos, porque tem a compreensão que a luta por vida digna está longe do fim.
O SINTUFSC acompanhou a greve e desde o início manifestou sua solidariedade e apoio aos trabalhadores. A diretoria do SINTUFSC compreende que a defesa da Comcap deve ser de todos os servidores públicos. É possível reverter esse retrocesso e precisamos estar juntos.
Graças aos trabalhadores e trabalhadoras da Comcap, Florianópolis é hoje a capital com maior índice de recuperação de resíduos pela reciclagem e compostagem. Importante lembrar também que durante a pandemia foram esses trabalhadores, que mesmo sob sol ou chuva mantiveram a cidade limpa, em todos os seus cantos, morros, servidões e becos.
O Sindicato recebeu algumas críticas acusando a greve de vandalismo e que o SINTUFSC deveria se preocupar apenas com as pautas dos Técnicos-Administrativos em Educação da UFSC. Reiteramos que a diretoria do SINTUFSC se manifestou sobre essa questão porque entende que somente a luta coletiva muda as coisas. Somente com condições dignas para os trabalhadores e trabalhadoras é que poderemos ter um mundo melhor.
O serviço público perde uma batalha, mas ainda é possível avançar.
Juntos somos mais fortes!
