Em assembleia geral específica realizada na manhã desta quinta-feira (17) no auditório da Reitoria, os trabalhadores da UFSC discutiram o trabalho das quatro comissões montadas recentemente pela Reitoria para tratar de temas diretamente ligados aos Técnico-Administrativos em Educação (TAEs), como ponto eletrônico, assédio moral, adoecimento de servidores e política de creches. Celso Ramos Martins, da Coordenação Geral do SINTUFSC criticou a reitora pelo que considera um desrespeito à representação do sindicato, que não foi sequer consultado sobre a composição das comissões. “Ela faz de conta que o sindicato não existe, nos tratora de forma arrogante e autoritária”, disse Celso Martins.
Depois de várias discussões em torno da representação, a assembleia aprovou a elaboração de um documento com o acúmulo de debates históricos da categoria sobre os temas das portarias, a ser encaminhado à nova administração da Universidade que assume em maio. A comissão a preparar o documento será tirada na próxima Assembleia da categoria.
“Algumas destas comissões já haviam sido constituídas sem ter resultado prático, e igualmente na época o sindicato foi excluído”, disse Dilton Rufino, da direção do SINTUFSC, criticando o que considera falta de conhecimento da atual administração ao tratar separadamente assuntos como assédio moral e saúde dos trabalhadores. Para ele, a prática do assédio moral leva ao adoecimento das pessoas na forma de transtorno mental, resultando num dos principais motivos de afastamento do trabalho e por isso, faz parte da saúde do trabalhador.
Uma das comissões, com prazo de 45 dias para concluir seus trabalhos, estuda a implantação do ponto eletrônico para controle da assiduidade dos trabalhadores da universidade; outra tem prazo de 90 dias para estudar proposta de política de combate ao assédio moral; mas seus integrantes querem prorrogar o prazo e trazer o sindicato para a discussão. Já a de política de educação infantil e creches tem 60 dias para concluir seu trabalho e a comissão para elaborar estudos e acompanhar o adoecimento de servidores foi criada com prazo de três meses.
A plenária aprovou o indicativo, a ser submetido à próxima reunião do fórum estadual dos SPFs, de promover um ato unificado dos servidores públicos federais no dia 14 de abril, com panfletagem e carro de som junto à rótula da Dona Benta, ao lado do campus da Trindade. Foram aprovados também os nomes dos representantes da base para participarem da plenária nacional da FASUBRA, prevista para os dias 1, 2 e 3 de abril em Brasília. Foram eleitos Mário Luiz Madeira Ferreira, Eduardo Luz, Sônia Kempner e Enézimo Marcelino pela base sindical, ficando como suplentes Vera Lúcia da Silva e Jorge Luiz Fernandes. Pela direção foi confirmado o nome de Dilton Rufino. A mesa dos trabalhos foi dirigida por Celso Ramos Martins e Dilton Mota Rufino, da coordenação do sindicato e Enaura Simas Graciosa, da base sindical.
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