Nesta quarta-feira (05) as assistentes sociais da UFSC fizeram uma reunião com a Reitoria para que seja aplicada a lei que institui as 30 horas, sem redução de salário, para a categoria profissional.
Durante a reunião as assistentes sociais trouxeram um histórico da Lei 12.317//2010, que estabelece a jornada de trabalho para assistentes sociais em 30 horas semanais, sem redução salarial. Fruto da luta e mobilização da categoria, a Lei das 30 horas (como ficou conhecida), significa uma conquista histórica para o Serviço Social, pois reconhece o grau de complexidade do exercício profissional junto à população nas inúmeras áreas que a categoria atua, principalmente lidando com questões que envolvem pessoas em situação de vulnerabilidade social e violação de direitos.
Também foram apresentados exemplos de Órgãos, Institutos Federais e outras Universidades (como a Universidade Federal de Pernambuco) que já estão com a implementação das 30 horas para os profissionais de Serviço Social. A implementação da lei se dá com o estabelecimento da carga horária específica da profissão, assim como acontece com outras áreas profissionais que têm lei específica e já são reconhecidas na UFSC.
Atualmente a UFSC conta com 52 assistentes sociais atuando em diversos setores e Campi da Universidade. A reivindicação da categoria leva em conta as características inerentes à profissão; as demandas de trabalho com alta carga de responsabilidade; e a relação direta com a população usuária, fruto das expressões da questão social, além do alto índice de adoecimento.
A defesa da implementação das 30 horas se dá pela melhoria na qualidade do atendimento aos usuários, que é um dos princípios da gestão pública; a atenuação das jornadas extenuantes e a diminuição do nível de estresse frente às situações adversas que as (os) assistentes sociais lidam no seu dia a dia.
Ao final da reunião, a Reitoria se comprometeu a assumir a defesa das 30 horas para a categoria profissional e a instituir um diálogo com uma Comissão composta por assistentes sociais da UFSC, responsável por levar a proposta à Pró-Reitoria de Desenvolvimento e Gestão de Pessoas.
O Reitor, Prof. Irineu Manoel de Souza, afirmou o compromisso com a categoria e a Vice-Reitora, Profa. Joana, disse que “não temos dúvidas que nossa gestão se dá no campo do diálogo e dos direitos. É o que precisa ser feito. Construir um plano sobre como faremos isso e como os setores irão se organizar para isso”, afirmou.