Estudante,
depois de formado você será um trabalhador, se já não for:
Imagine:
- não encontrar lugar para trabalhar, e não ter concurso público em número suficiente mesmo com déficit de pessoal na Universidade;
- ficar dez anos sem reajuste salarial devido a uma lei proposta pelo governo
- ficar 30 anos exercendo a mesma função sem perspectiva de ascensão dentro da instituição
- ter um grande setor da categoria que não tem reconhecido todo o seu investimento em formação (graduação e pós-graduação);
- ser sobrecarregado de trabalho, exercendo a atividade de 2, 3 ou mais trabalhadores
- trabalhar sem a estrutura adequada e muitas vezes ainda ser ameaçado ou assediado no setor e, depois de todos os anos de dedicação, no momento de se aposentar, ainda perder direitos e reduzir salário.
Além disso, depois de muita tentativa de negociação, o governo não apresentar nenhuma proposta.
Lutamos por melhores condições de trabalho, por contratação de mais pessoal via concurso público e pela ampliação da Universidade Pública, Gratuita e de Qualidade. Essas reivindicações são importantes para todos: estudantes, trabalhadores, professores, que querem uma universidade melhor. Juntos, somos mais fortes.
Por fim, sabemos que hoje há muitos estudantes bolsistas que são explorados, levados a realizar o trabalho de um técnico-administrativo ou professor, ao invés de receber bolsa para se dedicar ao estudo, à pesquisa e à extensão, e isso piora num momento de greve. Defendemos o direito dos estudantes a bolsas ligadas aos seus cursos.
Colega Trabalhador,
Você sabia ?
- que os trabalhadores técnico-administrativos das universidades federais têm o menor salário do Executivo federa;l
- que não existe no orçamento de 2011 e 2012 previsão de reajuste salarial para os trabalhadores técnico-administrativos em educação;
- que tem um projeto de lei que, na prática, congela nossos salários por 10 anos, e sequer tivemos a reposição das perdas de períodos passados;
- depois de 30-35 anos de dedicação, na hora de aposentar, você perde direitos e tem redução de salário;
- que essa ”carreira” que temos ainda não é uma carreira de verdade, é apenas uma tabela salarial, sem direito a ascenção funcional;
- que muitos de nós não temos o devido reconhecimento pelo investimento na graduação e pós-graduação, e que além de não melhorar, o governo ainda quer piorar esse “incentivo”
- que o HU pode ser privatizado e deixar de ser parte da UFSC;
- que vários cargos ainda necessários foram extintos e até hoje não foram recuperados;
- que nós estamos sendo, pouco a pouco, substituídos por mão de obra terceirizada e precarizada;
- que estamos há tempos em mesas de “negociação” com o governo federal, sem nenhum avanço.
Hoje estamos lutando por uma Universidade Pública, Gratuita e de Qualidade e em favor do conjunto dos trabalhadores! A nossa luta hoje é para garantir condições dignas de trabalho e o reconhecimento da nossa categoria. Juntos somos mais fortes!
Participe do Comando Local de Greve!
Mais informações:
Comando Local de Greve
Email: [email protected]