Cortes na educação: governo federal reduz orçamento das Universidades Públicas para 2022 e afeta retorno presencial

Cortes na educação: governo federal reduz orçamento das Universidades Públicas para 2022 e afeta retorno presencial

Na última semana, foi sancionada a Lei Orçamentária Anual que reduziu, mais uma vez, os valores destinados às despesas de custeio e de recursos de capital da UFSC. Os sistemáticos cortes orçamentários nas universidades públicas constroem um projeto autoritário e negacionista que visa a precarização da produção de conhecimento e a inviabilidade de uma Universidade para todos.

Em meio a um retorno presencial, em que a UFSC precisará oferecer as condições sanitárias ideais para alunos, TAEs, professores e comunidade, a Universidade contará com um orçamento ainda mais reduzido. Enquanto em 2019 a UFSC contou com R$ 145 milhões para custeio e R$ 5 milhões de recursos de capital, em 2022 serão destinados R$ 132 milhões para as despesas e R$ 4 milhões de capital.

Na prática, estes cortes significam menos recursos para gastos com água, luz, despesas de manutenção, reformas, obras de infraestrutura e compra de equipamentos. Ou seja, significa a precarização das condições de trabalho dos TAEs, e das condições de ensino e aprendizagem para toda a UFSC.

A IN 65, que apresenta um programa de gestão voltado para a produtividade no setor público, é defendida pela gestão administrativa justamente para mascarar esse problema orçamentário, colocando no bolso e na responsabilidade do trabalhador os gastos com equipamentos e espaço de trabalho.

A situação é ainda mais agravante se somarmos os gastos essenciais para um retorno seguro, como a disponibilização de máscaras PFF2, álcool em gel e testes para acompanhar os momentos epidemiológicos da UFSC.

Nesse cenário preocupante, a atual gestão universitária não reage aos cortes orçamentários, aos frequentes ataques ao conhecimento científico e ao funcionalismo público federal, que está sem reajuste há cinco anos e frequentemente é apontado como “parasita” por membros do governo. A UFSC somente publica notas em seu portal oficial para afirmar o óbvio: “Reduções no Orçamento impõem desafios para o funcionamento da UFSC em 2022”.

Quem faz o enfrentamento nas ruas e espaços de disputa são os estudantes e servidores públicos, que organizam mobilizações em suas cidades e em Brasília para barrar os desmontes da Universidade Pública, como a Reforma Administrativa e o Future-se, e não aceitam a aprovação de projetos do governo Bolsonaro a toque de caixa na Universidade, como a IN 65.

Continuamos na luta!
Juntos somos mais fortes!

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