Com mais de meia hora de atraso, a Reitora da UFSC, profa. Roselane Neckel, apresentou seus pontos de vista sobre uma das pautas de reivindicação mais antigas na universidade: a flexibilização da jornada de trabalho. A reunião aconteceu na manhã desta sexta-feira, dia 6, no Centro de Eventos.
Com a presença da Vice Reitora e da Secretária em exercício de Gestão de Pessoas, a profa. Roselane iniciou a sua fala defendendo a valorização da pesquisa, dos dados e das informações. Fez alguns esclarecimentos sobre o trabalho e o relatório da comissão Reorganiza e, por cerca de 40 minutos, apresentou argumentos contra a implantação da jornada de 30 horas semanais na universidade.
A reitora comentou casos de instituições de ensino superior que implantaram a jornada de seis horas diárias e que estão respondendo jurídica e administrativamente perante os órgãos de controle. “Esta decisão não depende da reitora. Depente de estabelecermos um diálogo com as pessoas e apontarmos saídas”, disse.
Celso Ramos Martins, integrante da coordenação do Sintufsc, fazendo uso da palavra, questionou o posicionamento da atual gestão da universidade comparando-a com as anteriores. “O discurso é praticamente o mesmo”. Argumentou que para esta reivindicação é necessário o embate político pois as leis já garantem o direito à flexibilização da jornada de trabalho.
“O sindicato está solicitando agendamento de reunião com a reitora para tratar desse assunto desde o ano passado e até o momento não há resposta”, explicou. Outros trabalhadores também fizeram uso da palavra citando leis e órgãos públicos que implantaram a jornada de seis horas diárias e que não foram autuadas.
Ao final da reunião, a profa. Roselane disse que pretende ficar na legalidade para proteger a instituição e as pessoas e que essa pauta precisa de um processo de construção coletiva. “Não estou fugindo daquilo que a UFSC precisa”, finalizou com a promessa de realização de reuniões nos centros de ensino para debater o assunto.


