As Universidades Federais do país sofrem um novo golpe do governo Jair Bolsonaro: um corte de 7,2% no orçamento. O valor inicial era de 14,5%, mas o governo voltou atrás e reduziu pela metade. Ainda sim, a redução nos investimentos em educação deve afetar diretamente o funcionamento das instituições federais de ensino, prejudicando a possibilidade de fecharem as contas no fim do ano, além de reduzir drasticamente os recursos para assistência estudantil.
A medida impacta todas as Universidades e Institutos Federais do país, o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) e a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh).
Ao todo, 16 universidades terão que cancelar despesas básicas já contratadas em 2022 por causa do corte orçamentário. O caso mais grave é o da UnB, que já empenhou 99,7% do orçamento para o ano. Na lista também estão a UFRJ, URGS, UFMG e Unifesp.
Na UFSC o bloqueio de recursos aplicado sobre a Lei Orçamentária Anual pelo governo federal era de R$ 25,52 milhões no orçamento da Universidade, sendo reduzido para R$ 12,5 milhões. . O bloqueio foi aplicado na rubrica de custeio, que são os recursos usados para pagar despesas como energia elétrica, água, contratos nas áreas de limpeza, vigilância e manutenção da Universidade.
Em Santa Catarina, além da instituição, a Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), o Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) e o Instituto Federal Catarinense (IFC) também tiveram bloqueio em seus orçamentos.
Diante desse cenário caótico, o SINTUFSC convoca a categoria dos Trabalhadores em Educação da UFSC para estarem mobilizados contra esse retrocesso do Governo Federal e na defesa da Universidade. É preciso uma grande mobilização para reverter esse bloqueio e para que o orçamento seja mantido em sua integralidade. Estaremos firmes na luta e contamos com o apoio da nossa categoria.
Juntos somos mais fortes!