Nesta quinta feira, 4 de julho, acontecerá o quarto ato pela redução imediata das passagens de ônibus em Florianópolis. Convocado pela Frente de Luta pelo Transporte Público e pelo Movimento Passe Livre (MPL), o protesto começará às 16 horas em frente ao Terminal Integrado do Centro (TICEN). Além da diminuição do preço, os manifestantes exigem a criação de um grupo de trabalho deliberativo para discutir o projeto Tarifa Zero junto à prefeitura.
Desde o início das manifestações, a prefeitura admite que a planilha de cálculo tarifário não é transparente e que desconhece o lucros dos empresários. De acordo com as planilhas, disponíveis no site da prefeitura, as cinco empresas do transporte coletivo operam com prejuízo de R$ 2 milhões mensais desde 2006, mesmo com subsídios do município. O cálculo que determina o quanto a prefeitura transfere às empresas é realizado por uma empresa contratada pelo próprio Sindicato das Empresas de Transporte da Grande Florianópolis (Setuf). Hoje o subsídio passa de R$ 16 milhões ao ano.
Para Victor Khaled, representante da Frente e do MPL, é lamentável que a população de Florianópolis continue sendo vítima de um cálculo tarifário pouco transparente e feito pelas próprias empresas. Hoje o cidadão paga duas vezes pela passagem, na catraca e através de impostos. Os manifestantes defendem que a redução da tarifa, além de ser possível, representaria um gesto político da prefeitura ao questionar a validade das planilhas apresentadas.
O prefeito afirma que somente o novo processo licitatório permitirá uma diminuição do preço das passagens. A Frente e o MPL, porém, avaliam que o processo não soluciona o problema central do transporte de Florianópolis, pois preservaria o mesmo modelo de concessão à iniciativa privada, com fins de lucro e pouca transparência na utilização do dinheiro público. Por isso, também se reivindica a criação de um grupo de trabalho deliberativo, com participação popular, com objetivo de viabilizar o projeto Tarifa Zero e a municipalização do transporte – a exemplo do que ficou estabelecido no Distrito Federal.
O projeto de transporte público gratuito não prevê a retirada de recursos de outras áreas sociais, mas uma reforma progressiva dos impostos, aumentando o IPTU de setores empresariais de alta renda para criar um fundo financeiro do transporte, que permitiria a tarifa zero.
Convocação: Frente de Luta pelo Transporte Público de Florianópolis e Movimento Passe Livre
Dia 4 de julho, quinta-feira, a partir das 16 horas
Terminal Integrado do Centro (TICEN)
Contatos para mais informações e agenda de entrevistas:
– Matheus Lobo – 9906 6748
– Gabriel Coelho – 9971 7711
