Mais uma vez a administração da UFSC tomou medidas paliativas e “tapou o sol com a peneira”. Em fevereiro deste ano, após pressão dos diretores do Núcleo de Desenvolvimento Infantil, dos pais dos alunos e do Sintufsc, o reitor anunciou a contratação de professores temporários.
Início de segundo semestre e a situação no NDI e no Colégio de Aplicação continua a mesma: a falta de professores. E o período de campanha eleitoral para as eleições presidenciais contribui para não resolver a situação pois a legislação não permite a contratação emergencial de servidores, é o que alega a administração da UFSC.
Verena Wiggers, coordenadora pedagógica do NDI, conta que dois professores efetivos estão de licença médica e não há professores substitutos. “Isso acarreta na sobrecarga de atividades para os professores que estão atuando e também na perda de qualidade no atendimento às turmas que estão sem os professores efetivos”, explica. Atualmente, no NDI, são 15 professores contratados temporariamente.
No Colégio de Aplicação estão faltando 8 professores e não há uma solução para reposição. “As turmas estão sem aulas de disciplinas importantes como português e matemática. Há buracos na grade de horários e ainda não sabemos como vamos resolver esta situação”, conta Romeu Bezerra, diretor do Colégio de Aplicação.
A justificativa é a mesma: período eleitoral não pode haver contratações. A Associação de Pais e Professores entrou com representação no Ministério Público Federal para resolver a situação. “É uma iniciativa interessante para todos pois precisamos da solução”, diz Bezerra.
