O filiado Dilton Mota Rufino encaminhou ao sindicato a nota divulgada pela FASUBRA na manhã de quarta-feira (24/10), alertando sobre os riscos para as universidades com a candidatura de Jair Bolsonaro. Leia a íntegra da manifestação de Dilton:
“À Direção do SINTUFSC!
Diante do fato de que, até o presente momento, a NOTA DA FASUBRA SOBRE AS ELEIÇÕES, emitida em 24 de outubro de 2018, não foi publicada nas mídias sociais do SINTUFSC, por não haver acordo na direção sobre sua publicação, solicito que a nota seja publicada em meu nome, como filiado a este sindicato.
Entendo que a nota da FASUBRA esteja em conformidade com as deliberações do ultimo congresso (CONFASUBRA) e da última Plenária, deliberando pelo apoio às candidaturas com viés democrático, de esquerda e do campo progressista. Qualidades que a candidatura de Jair Bolsonaro não possui.
Por que você, trabalhador e trabalhadora da UFSC e demais instituições de ensino superior, não devem votar em Jair Bolsonaro? Uma resposta breve seria: porque Bolsonaro representa um real risco para as universidades e para a democracia do país.
Há muitas razões que justificam não votar no candidato da direita para presidente da república. Por outro lado, votar em Fernando Haddad representa o anseio de uma frente ampla na defesa da democracia e soberania nacional, extrapolando os limites de um único partido político contra o avanço do fascismo no país. Você pode assistir o vídeo que descreve o que Bolsonaro defende. As declarações registradas neste vídeo levaram Bolsonaro a ser condenado a pagar 150 mil reais a um fundo LGBT. O vídeo pode ser acessado em https://goo.gl/19m8rP
Podemos elencar o fato dele defender a ditadura militar, a tortura e os torturadores. Como afirmou recentemente o ex-presidente do PSDB, Alberto Goldman: “Bolsonaro é tudo que abominei e vivi na ditadura”. O candidato da direita é autor de um profundo discurso misógino (aquele que despreza as mulheres, chegando ao ponto de odiá-las, pois as vê como seres inferiores). Ele é identificado como um verdadeiro disseminador do discurso de ódio e da violência, é assumidamente homofônico, sendo o que tem de mais deplorável nos políticos profissionais.
Durante os quase 28 anos como parlamentar não propôs nenhum projeto de lei que garantisse direitos aos trabalhadores, às mulheres, às crianças ou aos idosos, nem mesmo na área da saúde, educação ou segurança pública. Ao contrario, votou contra os direitos das empregadas domésticas e a favor da reforma trabalhista, na emenda constitucional 95, que congela o orçamento da união por 20 anos, inclusive para a saúde, segurança publica educação, ciência e tecnologia.
Um dos fatos mais graves é o ataque a população não branca, evidenciando seu racismo e desprezo visceral aos direitos humano.
Esteve envolvido em denuncias de corrupção no uso indevido do auxílio-moradia pago aos deputados, onde recebia em torno de 6 mil reais por mês, mesmo tendo casa em Brasília.
Também foi denunciado por enriquecimento ilícito, ou seja, ele possui bens, como imóveis e carros de luxo, que não condizem com sua renda (salário de deputado).
Termino com a afirmação de Alice Wegmann: “Haddad pode não ser o seu candidato ideal, mas é o cara que não vai enfraquecer a democracia”
Estes são alguns motivos para que a NOTA DA FASUBRA SOBRE AS ELEIÇÕES seja publicada nas mídias do SINTUFSC, pois os filiados e filiadas tem o direito de saber quem é o candidato Jair Bolsonaro e o retrocesso que ele representa para as universidades e para a democracia brasileira. Publicando a nota, o SINTUFSC estará cumprindo seu papel enquanto sindicato classista.
Dilton Mota Rufino/filiado”
A nota da FASUBRA pode ser lida na íntegra no link: http://fasubra.org.br/…/universidades-ameacadas-por-bolson…/
