Na assembléia geral permanente realizada na tarde desta terça-feira, dia 20, no restaurante universitário, foi deliberado pelos trabalhadores o indicativo de saída da greve proposto pelo comando nacional de greve.
Após mais de 110 dias de paralisação, o movimento grevista, aderido na maioria das universidades brasileiras, não conseguiu fazer o governo federal abrir negociação com a categoria. Na UFSC a adesão foi de cerca de 40%.
Na próxima segunda-feira, dia 26, é o último dia desta greve. A volta às atividades normais de trabalho acontecerão na terça-feira, dia 27.
Na assembléia também foram debatidos pontos da pauta interna de reivindicações com o Reitor da UFSC, prof. Alvaro Prata, e Pró Reitor da PRDHS, Luiz Henrique.
O Reitor iniciou falando do contexto da carreira no serviço público federal e valorizou a luta dos trabalhadores. Disse também que nas reivindicações há dois pontos críticos: A oficialização da jornada de 30 horas semanais e a instalação do ponto eletrônico. “Vou implantar a jornada de 30 horas de acordo com a legislação”.
Em seguida representante da comissão que elaborou o documento da pauta interna criticou a superficialidade das respostas dadas pela reitoria enumerando uma série de pontos que precisam ser resolvidos como reposicionamento dos aposentados, terceirização, capacitação, participação na pesquisa e extensão, direito de votar e ser votado.
Foi aberto para perguntas dos trabalhadores que questionaram o reitor sobre a paridade entre ativos a aposentados, mobilidade e áreas de lazer e também sobre saúde do trabalhador. O prof. Prata disse que a intenção é criar um ambiente favorável para a educação. Disse também que tem o pensamento de diminuir quantidade de carros dentro do campus.
Sobre o Reune, argumentou que foi uma oportunidade que foi dada pelo governo de ampliar a universidade. “Eu não faria o Reune daquele jeito. Mesmo assim aumentamos em mais de 50% o número de alunos”. Falou que o projeto “UFSC sem papel” é uma idéia boa que recisa ser melhorada. Defendeu a participação dos aposentados na atividades.
Outro ponto muito importante, o HU. O Reitor disse que caso o PL 1749 seja aprovado, não vai assinar acordo com a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH).
O Pró Reitor da PRDHS, Luiz Henrique, também fez uso da palavra. Falou sobre a comissão criada para estudar a implantação da jornada de 30 horas semanais e que o sindicato nunca participou dela. Falou que os cursos de capacitação são ofertados de acordo com a demanda dos servidores e da instituição. “Estou á disposição para conversar com o sindicato”, concluiu.
Eleições para Reitoria
Na assembléia foram escolhidos os representantes dos servidores técnico-administrativos que participarão da comissão eleitoral que vai organizar as eleições para reitor e vice. Teresinha Ceccato e Edwilson Ribeiro foram escolhidos como titulares e João Carlos da Silva e Marcelo Henrique Ramos.


