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SINTUFSC CONVIDA OS TRABALHADORES DO CAMPUS DE JOINVILLE PARA REUNIÃO SETORIAL

17/11/2021

SINTUFSC CONVIDA OS TRABALHADORES DO CAMPUS DE JOINVILLE PARA REUNIÃO SETORIAL

Nesta terça-feira, dia 16 de novembro, ocorreu reunião da diretoria do SINTUFSC, e houve participação de alguns servidores do campus de Joinville. Durante a reunião, os servidores comunicaram que receberam, na sexta-feira, dia 12/11, um e-mail comunicando o início das atividades presenciais no campus a partir do dia 16/11, de forma gradual e com orientações.

Tal comunicado causou angústia na comunidade de trabalhadores daquele campus. É natural, pois uma comunicação oficial da direção, via e-mail, sem um amplo debate anterior com a categoria e realização de planos de trabalho prévios, acordados e sistematizados, deve causar uma insegurança aos servidores.

É de interesse dos servidores que todos os setores tenham um plano de trabalho e agenda de escalas definidas para o retorno gradual, para melhor atendimento da comunidade universitária e externa. Por isso, o SINTUFSC está à disposição para realizar uma conversa com os trabalhadores e trabalhadoras do campus de Joinville, para juntos pensarmos estratégias para aprimorar o debate e fortalecer a coletividade.

Convidamos todos os trabalhadores e trabalhadoras do campus Joinville para reunião setorial com a Diretoria do SINTUFSC, que vai ocorrer na próxima sexta-feira, dia 19 de novembro, às 10h. A reunião será realizada na plataforma Google Meet, em link que será posteriormente enviado por e-mail para todos os TAEs do campus.

➡Inscreva-se para receber o link da reunião: https://forms.gle/GDV8MmxVrtdH1CpS8

É importante destacar que, quando se fala em um retorno presencial, há de se avaliar no mínimo três aspectos.

Em primeiro lugar, há de se verificar as condições de retorno. Nessa análise, devem ser considerados não só os aspectos sanitários e epidemiológicos, mas também as condições estruturais para o retorno: se os setores possuem condições de ventilação, espaço adequado para a circulação de pessoas, distribuição de EPI adequado e adaptação das rotinas administrativas a este momento particular.

Por mais que a universidade esteja de fato realizando a distribuição de EPIs, e os dados da pandemia, resultado da alta adesão à vacinação em nosso país, estejam de fato apontando para um caimento no número de infectados, não há consenso de que o retorno ao trabalho presencial na UFSC hoje é de fato uma decisão adequada, visto que outros países experimentaram, após o relaxamento de certos protocolos, e mesmo com altas taxas de vacinação, uma nova elevação no número de casos e mortes.

Ainda assim, mesmo que assumamos que existam condições para o retorno, há de se avaliar um segundo aspecto: o da necessidade. Após o início da pandemia, todos os setores da Universidade precisaram passar por diversas adaptações, de métodos e ferramentas, de forma que hoje, passados quase dois anos, a grande maioria dos setores tem atendido ao público e desenvolvido suas atividades na integralidade mesmo em regime de trabalho remoto.

Desta forma, há de se questionar a real conveniência deste retorno. Por exemplo: faz sentido obrigar setores que atendem majoritariamente os estudantes, sendo que se sabe que estes só retornarão presencialmente ao campus em março do próximo ano? Além disso, deve-se considerar questões como o consumo de energia elétrica. Com a verdadeira asfixia financeira que a UFSC e demais universidades federais estão submetidas, e com o Decreto nº 10.779, de 25 de agosto de 2021, que estabelece medidas para a redução do consumo de energia elétrica no âmbito da administração pública federal, convém à universidade forçar o retorno destes setores?

Ainda que se compreenda que sim, existem condições e há necessidade, um terceiro aspecto deve ser observado: o da processualidade. Depois de quase 20 meses de trabalho remoto, todos os trabalhadores tiveram de passar por adaptações em suas rotinas. Muitos, graças à especulação imobiliária, somada aos quase cinco anos de salários congelados e à alta da inflação e dos preços de alimentos e combustíveis, buscaram viabilizar suas condições de vida retornando a suas cidades, ou ainda se mudando para outros locais cujo custo de vida fosse mais baixo.

Assim, não é razoável admitir que, mesmo havendo condições e necessidade do retorno ao trabalho presencial, que esse processo seja feito num intervalo de apenas 4 dias. Entendemos que, quando for decidido o retorno ao trabalho, essa decisão deve ser tomada de forma centralizada pela Universidade, compreendendo a realidade multicampi de nossa instituição, e que leve em conta todas as adaptações que as pessoas tiveram de passar durante o período pandêmico.

É preciso ter claro que, ao retornarmos presencialmente para a UFSC, não retornaremos para março de 2020: retornaremos com o luto dos mais de 600 mil brasileiros que nos deixaram, muitos deles colegas, amigos e familiares; retornaremos com uma perda salarial que, acumulada, soma quase 50%, e com a disparada dos preços; retornaremos com sequelas físicas e emocionais do período pandêmico. E tudo isso precisa ser respeitado!

O que: Reunião Setorial com trabalhadores do CAMPUS de Joinville
Quando: Sexta-feira (19/11), às 10h.

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