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TAXA DE CONTÁGIO INDICA FALTA DE CONDIÇÕES DE TRABALHO NO HU

TAXA DE CONTÁGIO INDICA FALTA DE CONDIÇÕES DE TRABALHO NO HU

Um em cada quatro
Na audiência pública sobre condições de trabalho para os profissionais do Hospital Universitário Polydoro Ernani de São Thiago realizada no dia 27 de julho, a superintendente do hospital administrado pela EBSERH, Maria de Lourdes Rovaris, admite que pelo menos um em cada quatro trabalhadores da unidade testados para Covid-19 recebeu resultado positivo.
Até o final do mês passado, dos 394 trabalhadores testados no HU com a metodologia RT-PCR, 100 receberam resultado positivo para Covid-19. Ainda de acordo com Rovaris, 223 testes rápidos, menos confiáveis para detecção do vírus, também foram realizados e desses apenas oito foram positivos para Covid-19.
Além disso, Rovaris negou que os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) distribuídos para os profissionais do HU sejam de baixa qualidade como denunciado pelo Sintufsc desde o início da pandemia. A única exceção seria um lote de luvas que foi devolvido ao fornecedor.
Questionada pela diretoria do Sintufsc e pelos profissionais do HU presentes à Audiência on-line, a direção do Hospital disse que não passa por grandes problemas de ordem financeira ou relacionados ao quantitativo de pessoal que vem sendo reposto pela EBSERH conforme orientação legal vigente.
Para o reitor da UFSC, Ubaldo Cézar Balthazar, que também participou da Audiência, “muita coisa mudou com a entrada da EBSERH, evidentemente, muita coisa falta fazer ainda. Os números, a professora Maria Rovaris trouxe aqui agora, alguns. Ela deu um painel aqui pra nós quanto a essa questão das reclamações, as denúncias, e isso é um problema que nós temos. Eu acho, particularmente acho que tem muito que avançar, mas nós estamos, em princípio, em um bom caminho”.
Já para o diretor do Sintufsc, Renato Milis, “não entendemos como a direção do HU e a reitoria consideram que não há problemas graves se um em cada quatro colegas testados teve coronavírus. A situação pela qual passam nossos colegas é séria e os coloca em um risco tremendo, bem como a seus familiares e ao povo catarinense que é atendido no hospital. É urgente que se amplie a testagem, e a disponibilização dos materiais necessários para que os trabalhadores atendam a população em segurança.”.
Veja vídeo sobre a audiência pública:

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