Trabalhadores terceirizados da UFSC participaram na manhã desta segunda-feira de uma reunião com a Reitoria e representantes da empresa D&L para discutir o atraso de salários e problemas no vale transporte e alimentação. Numa tentativa de manobra a empresa D&L tentou impedir a participação do Sindlimp, Sindicato que representa a categoria dos terceirizados, durante a reunião. Mas o Sindlimp conseguiu que a Reitoria acatasse o pedido do Sindicato e se fez presente. O Sindicato dos trabalhadores terceirizados exige que a Universidade faça o pagamento direto aos trabalhadores através de uma liminar judicial, já que a empresa está atrasando os pagamentos a meses e segue sem dar uma solução ao problema.
Às 13h, aconteceu outra reunião com a Reitoria, os trabalhadores e representantes do Sindlimp e SINTUFSC. Nessa reunião, o Reitor informou que a empresa já encaminhou os pagamentos e que devem ser creditados ainda hoje. Os trabalhadores seguem em greve até que todos tenham seus pagamentos efetivados.
Saiba mais sobre o caso:
Além do atraso nos salários há problemas nos pagamentos do vale transporte e alimentação. A comunicação entre a empresa e a Universidade também é falha e há um alerta sobre assédio moral contra os trabalhadores.
Sobre o atraso nos pagamentos, foi aberto um processo administrativo sancionador pela UFSC, no dia 14/03, advertindo a empresa sobre os problemas relatados pelo Sindicato. Já foi feita também uma notificação à empresa podendo haver a rescisão do contrato. O Reitor também cobrou que a empresa faça um comunicado oficial à UFSC esclarecendo a situação e que cumpra todos os acordos trabalhistas, ressaltando que os problemas que têm ocorrido não são responsabilidade da Universidade.
A assessoria jurídica do SINTUFSC recomendou que a empresa seja punida por todas as cláusulas descumpridas do contrato com a UFSC para que fatos como os ocorridos não aconteçam mais, bem como solicitou o acesso público à íntegra dos contratos de prestação de serviço no Portal da Transparência. A empresa, com sede em Fortaleza-CE, tem um acúmulo de contrato no valor de 6 milhões de reais ao ano com a UFSC. Outros sindicatos nacionais relatam problemas parecidos com os que os trabalhadores da UFSC estão enfrentando.
O SINTUFSC está junto com o Sindlimp acompanhando o andamento do processo. E que a UFSC siga na tratativa para que essas situações não se repita. Esperamos que essa situação seja resolvida o mais breve possível e que os direitos trabalhistas sejam assegurados e que não haja retaliação aos trabalhadores que estão mobilizados para exigir seus direitos.

