Na quarta-feira, dia 23 de setembro, trabalhadores da UFSC ligados ao GT – Segurança Local e Nacional, mais alguns diretores do Sintufsc, se reuniram em audiência com o reitor da universidade, Álvaro Prata, para entregar a pauta de reivindicações sobre segurança nas universidades. O pró-reitor de desenvolvimento humano e social, Luiz Henrique Vieira Silva também estava presente na audiência, a pedido do reitor.
O diretor do Deseg – Departamento de Segurança, Leandro Luiz de Oliveira explicou ao reitor que pauta entregue em suas mãos dizia respeito a reivindicações locais e nacionais, afirmando que a principal delas seria a avaliação de que o cargo de vigilante nas universidades não estaria extinto. Junto com a pauta, Leandro entregou ao reitor pareceres da assessoria do Sintufsc e de procuradorias de outras universidades, que têm esse entendimento. Também passou às mãos de Álvaro Prata um ofício do MEC, que dispõe sobre o nível de classificação do cargo de vigilantes, mais uma prova de que o cargo não é extinto.
Após receber os documentos entregues pelo GT – Segurança, o reitor da UFSC se comprometeu em avaliar o que depende somente da administração da UFSC, para encaminhar e ver a melhor maneira de conduzir as demandas que dependem de órgão superiores.
O pró-reitor de desenvolvimento humano sugeriu uma reunião futura de trabalho entre os novos coordenadores do sindicato, vigilantes e administração da universidade para avaliar como encaminhar a pauta.
Sintufsc apresenta outras demandas a reitoria
Depois de tratar a questão dos vigilantes, Raquel Moysés, até a data, uma das coordenadoras do Sintufsc, apresentou outras demandas ao reitor da universidade e cobrou posições oficiais da reitoria. A trabalhadora reforçou pautas que já haviam sido encaminhadas, através de ofícios, à reitoria, como a questão dos colégios agrícolas, CIS e os problemas que um dos coordenadores do sindicato e da Fasubra, Marco Borges, vem enfrentando em seu setor de trabalho.
O assunto que gerou mais discussão com a administração da UFSC foi sobre o caso da devolução da “urpinha”, que já está previsto, este mês, nos contracheques dos trabalhadores. Raquel Moysés fez um apelo para que o reitor, como autoridade máxima federal em SC, interferisse, para que o caso “urpinha” seja revisto, junto ao Tribunal Regional do Trabalho, que indeferiu o Mandado de Segurança ajuizado pelo Sintufsc. Lembrou que o processo apresenta problemas graves, entre eles o de apresentar cálculos punitivos.
Ressaltou que na sentença o juiz não mandava a universidade cobrar a devolução, mas “autorizava”. Questionou o fato de a devolução estar sendo cobrada em cima do total de vencimentos, o que vai colocar os trabalhadores em situação precária para saldar seus compromissos.
O pró-reitor Luiz Henrique Vieira Silva argumentou que a administração da universidade já havia feito tudo para impedir a devolução, ou pelo menos ganhar mais tempo, mas não obteve êxito. Agora “não tem como a universidade não proceder os descontos, pois é uma determinação judicial”, afirmou.
Álvaro Prata disse que concorda com a posição do sindicato, mas como a liminar encaminhada pelo Sintufsc não foi aceita, acha difícil reverter a situação. Ficou, no entanto de conversar com sua equipe e dar uma resposta ao sindicato.
