Chegamos ao 4 º mês de vacinação contra o COVID-19 e boa parte dos idosos ainda não teve o processo vacinal (2 doses) concluído. Os dados constam no estudo feito por pesquisadores da UERJ, UFRJ e USP, apontam que o percentual máximo de vacinados no grupo de idosos (70 a 79 anos) é de 67%, longe dos 90% recomendados para combater a pandemia.
Na corrida pela vacina e na busca de melhorar a opinião pública sobre os avanços da vacinação, uma estratégia foi adotada: ampliar a aplicação da 1 dose. Com isso, tivemos ocorrência de idosos que não receberam a 2ª dose dentro dos prazos das bulas, já que as vacinas foram destinadas para ampliação dos grupos. Um exemplo recente é o da PFIZER, o período de 28 dias da bula, foi ampliado para 90 dias, com o argumento que a dose inicial já contempla uma imunização satisfatória. Se considerarmos o grupo de 80 a 89 anos, apenas metade, foi completamente vacinado.
Além da falta de vacinas, temos outros problemas, como a falta de: campanhas informativas; de estratégias ativas na busca de público-alvo; de massificação/acesso dos locais de vacinação; e da própria politização, barreiras que também fazem parte desses dados.
Precisamos de mais vacinas, de forma urgente e eficiente, mas também precisamos entender, que a preferência é para terminarmos a vacinação dos grupos de risco, como os idosos, por exemplo, negligenciar isso, é não se importar com a vida destes brasileiros, ampliar grupos sem cumprir metas de cobertura vacinal, é colocar todo o processo em risco.
Em uma sociedade onde a velhice é negada, postergar a vacinação a esse público, seria só um detalhe matemático?
Coordenação de Aposentados e Pensionistas e Assuntos de Aposentadoria do SINTUFSC
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