A diretoria da Aprasc vai realizar Assembléia Geral Extraordinária, no dia 12 de março, às 13h30min, na Capital para debater temas importantes para o desenvolvimento e fortalecimento da luta dos praças: avaliação da situação do movimento dos praças no primeiro de semestre; táticas de lutas a serem adotadas nos próximos meses; revisão do Estatuto da Aprasc (aumento da contribuição, formas de proteção aos associados em casos especiais e duração do tempo de mandato das próximas gestões). A assembléia vai ser realizada no Auditório da Faculdade Senac, na Rua Silva Jardim, 360, Centro.
A Aprasc está em campanha pelo cumprimento da Lei Complementar 254, que prevê justiça salarial através de uma escala vertical de salários em que o menor seja até um quarto do maior, desde 20 de outubro do ano passado.
Nesse período, aconteceram diversas atividades, como passeatas, paralisação dos quartéis e conversações com integrantes do governo. O presidente da Aprasc, deputado Sargento Amauri Soares, rejeitou o movimento ser chamado de impaciente. “Estamos há mais de dois anos, só aqui nessa tribuna, clamando pelo pagamento da Lei 254”, afirmou. A lei complementar foi aprovada em 2003, portanto há cinco anos, e teve pagamento parcial no final de 2004 (R$ 250 de abono) e no final de 2005 (20% de aumento e R$ 40 de abono).
Em 10 de outubro de 2005, garantiu o representante dos praças, foi a última vez que o governo do Estado fez uma proposta de incremento salarial para os servidores da segurança pública. “Portanto, nós já estamos indo para o quarto ano de salário congelado”, reclamou Soares.
“De lá para cá, quantos ofícios nós mandamos, quantas reuniões, quantas conversas, quantos pronunciamentos na Assembléia, quantos pronunciamentos em praça pública”, enumerou.
Atualmente, a entidade mantém seis vigílias em cidades pólos no Estado: Blumenau, Chapecó, Florianópolis, Lages, Laguna e São Miguel do Oeste. O objetivo é manter a luta pela justiça salarial e para conter as punições contra praças que participaram de atividades reivindicatórias. Até agora, 17 policiais e bombeiros militares estão sendo processados por conselhos de disciplinas, que podem levar à expulsão das corporações, e cerca de duas centenas de praças estão sofrendo inquéritos militares (IPM) e processos administrativos (PAD). A quantidade é uma estimativa, já que os comandos da Polícia e do Corpo de Bombeiros não divulgam os números oficiais.
Ato nacional em solidariedade a Aprasc
No mesmo dia estarão ocorrendo, paralelamente, assembléias de diversas categorias, como dos professores da rede pública (Sinte), servidores da saúde (Sindsaúde) e funcionários municipais (Sintrasem). Além disso, estudantes e populares do Movimento Pela Redução da Tarifa vão realizar uma atividade na Capital – o último dia de uma jornada de luta que acontece em 4, 5, 10 e 11 de março.
Todos esses movimentos na Capital, incluindo a participação de representantes de outros Estados, vão se encontrar no Ato Nacional Contra a Criminalização dos Movimentos Sociais e em Solidariedade à APRASC, às 16h, na Praça da Bandeira, que fica em frente da Assembléia Legislativa, Tribunal de Justiça e Tribunal de Contas do Estado. Vai ser um dia de muita luta!
Informações: (48) 32232241