Teve início no final da tarde desta quinta-feira, 3 de junho, o 2º Congresso Nacional da Coordenação Nacional de Lutas (Conlutas), na cidade paulista de Santos. O congresso reúne organizações sindicais de todo o país e também de alguns outros países da América Latina, Caribe, Europa, Ásia e África.
São mais de três mil inscritos, entre delegados e observadores, que se reúnem no Mendes Centro de Convenções, próximo ao centro da cidade, que vão discutir a unificação a uma nova entidade que unificará a luta da classe trabalhadora. Esta entidade será debatida no Congresso da Nacional da Classe Trabalhadora (Conclat), que acontece nos dias 5 e 6, também em Santos.
Neste primeiro dia do 2º Congresso da Conlutas, alguma confusão e muita espera durante o credenciamento dos delegados. Resolvido o credenciamento teve início o congresso. Na mesa de abertura estavam representantes de 12 entidades. Em comum a mesma vontade de lutar por direitos e melhores condições de vida para os trabalhadores.
Destaque da abertura do congresso foi a homenagem aos trabalhadores representando entidades sindicais de vários outros países que participam deste momento histórico da classe trabalhadora brasileira e também mundial. Companheiros do Haiti, Argentina, Uruguai, El Salvador, Chile, Grécia, Espanha, Portugal, Japão, do continente africano e outros que acompanham de perto o congresso.
O representante do Haiti lembrou as dificuldades que o povo esta passando depois da tragédia que assolou o país e também reprovou o envio de tropas brasileiras. Parabenizou a iniciativa dos trabalhadores brasileiros de unificar a luta. “Todos os povos do mundo estão aqui com vocês”, completou.
Representante do sindicato dos ferroviários do Japão falou das milhares de demissões que ocorreram depois das privatizações no setor, da unificação com outros sindicatos e do trabalho para ressurgir a luta de classes que resultou em uma greve geral que suspendeu o processo de privatização que esta em curso. “Temos que apostar na preparação da classe trabalhadora”, aconselhou.
A representante espanhola, que disse representar os trabalhadores dos países que lutam pela independência como a Catalunha, a Galícia e o País Basco, falou das empresas transnacionais espanholas que vêm sugando, “como carrapatos”, as riquezas sociais da América Latina. “Um caminho de luta. Um caminho de unidade. Este congresso está sendo um passo histórico”.
Também está sendo discutido neste primeiro dia o regimento interno que será adotado neste 2º Congresso Nacional da Conlutas. Nesta sexta-feira (4), segundo dia de evento, serão tomadas as deliberações principais. As atividades iniciam às 9 horas.
