Mais um crime de Israel
O Estado sionista, no quadro do genocídio corrente do povo palestino, cometeu mais um crime contra o direito internacional. A flotilha Madleen, que faz parte da Coalizão Flotilha da Liberdade, buscava romper o cerco israelense em Gaza, levando alimentos, filtros de água, medicamentos e outros itens básicos para a população palestina, quando foi sequestrada pela Marinha israelense na noite de domingo (08/06), em águas internacionais. Os 12 membros da tripulação do navio foram presos e mantidos em celas isoladas, em um centro de detenção na cidade israelense de Ramla.
A última notícia que temos (11/06) é de que 8 dos 12 ativistas sequestrados, entre eles o brasileiro Thiago Ávila, que se recusaram a assinar o termo de deportação dos israelenses, foram enviados para a “prisão” sionista de Givon. O campo de tortura em Givon foi denunciado em 2015 e 2019 por abuso de direitos humanos, em particular contra crianças palestinas sequestradas pelos israelenses. Segundo informações da advogada que acompanha os presos políticos, Thiago Ávila foi levado para a solitária. Thiago está no seu 3º dia de greve de fome e água denunciando a impunidade pelos crimes cometidos.
Esse não foi o primeiro ataque à Flotilha da Liberdade. Em 2010, a Marinha israelense invadiu o Mavi Marmara, um dos navios de uma flotilha que levava médicos, políticos e outros ativistas de mais de 40 países com assistência humanitária. As forças israelenses mataram nove tripulantes. Recentemente, em maio deste ano, o Conscience foi impedido de cumprir a mesma missão do Madleen, quando foi atingido por drones.
A chamada comunidade internacional tem sido incapaz, mesmo diante do genocídio corrente, de romper o bloqueio ilegal à Faixa de Gaza, arrastado há 18 longos anos. O massacre de crianças e civis, a fome como arma de guerra e a limpeza étnica do povo palestino já passaram do limiar da catástrofe humana. Por isso, a importância da ação de solidariedade da Flotilha Madleen, para romper o cerco e denunciar o genocídio que já ceifou a vida de mais de 54 mil palestinos.
Diversos países, em sua maioria de forma morna, condenaram a ação de Israel, incluindo o Brasil. Em nota, o Itamaraty pediu a libertação dos tripulantes e condenou o bloqueio à ajuda humanitária.
O SINTUFSC reforça, neste momento, que o repúdio do governo brasileiro se transforme em medida concreta, e que o presidente Lula rompa relações comerciais, militares e diplomáticas com Israel.
Pelo fim da ocupação e colonização israelense e pela liberdade da Palestina do rio ao mar!