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A UFSC que queremos, a UFSC que deveria ser e a UFSC que temos

A UFSC que queremos, a UFSC que deveria ser e a UFSC que temos

Artigo escrito por Nilton Cezar Pereira (Funcionário Técnico-Administrativo/CTC/NANOTEC-Lab – Técnico de Laboratório/Área Química)

Ao longo dos 25 anos de convívio aqui na UFSC, eu consegui perceber diversas transformações que ocorreram nos mais variados setores da instituição. Eu percebi grupos se consolidando no poder, grupos se articulando para pegar o poder e grupos que se dedicaram no cumprimento de seu dever.

Durante a minha jornada, eu estive envolvido com movimentos estudantis e também com os movimentos das categorias funcionais de Professores e Técnicos Administrativos. Como estudante de Graduação, fui presidente de centro acadêmico, como aluno de Pós-Graduação, representante discente no colegiado, e como funcionário, representante no Conselho Universitário em duas gestões e representante na extinta CPPTA, hoje com nova roupagem, designada como CIS. Atualmente, sou suplente de representante dos Técnicos Administrativos no Conselho do CTC. Nesta jornada mista entre minhas funções como acadêmico de graduação e pós-graduação, técnico de laboratório, assistente administrativo e protagonista político, eu consegui criar uma visão própria de como uma entidade de alta complexidade se transforma ou é transformada através do tempo, seja por imposição de governos ou por necessidades emergentes de sua comunidade de forma geral.

Eu irei discorrer começando pela Missão da UFSC, segundo a Estatuinte aprovada em assembleia no dia 04/06/93.
“produzir, sistematizar e socializar o saber filosófico, científico, artístico e tecnológico, ampliando e aprofundando a formação do ser humano para o exercício profissional, a reflexão crítica, solidariedade nacional e internacional, na perspectiva da construção de uma sociedade justa e democrática e na defesa da qualidade de vida”.

Com base nesta missão eu procurei diversas fórmulas para buscar entender determinados fenômenos que estão ocorrendo aqui na UFSC.

E = MC2 → Quanto mais rápido você se move, mais pesado você fica.

Parce que a UFSC está ficando repleta de pessoas muito pesadas, que estão se preocupando somente com suas barrigas, esquecendo que a instituição é muito mais importante do que a vontade própria. Se eu for entrar nos detalhes, o volume poderá se tornar bíblico.

F = KQ1Q2/R2 → Cargas opostas se atraem, cargas semelhantes se repelem.

Os opostos estão se organizando aqui na UFSC, agora nós temos o ambiente acadêmico que era silencioso e transpirava intelectualidade, se juntando ao barulho de festas e outros ruídos, como tambores, músicas provenientes de automóveis, ruidos de borracha sendo consumida no asfalto oriundo de rachas, etc. Os semelhantes estão se repelindo, porque os bons estão preferindo se calar diante de tamanha barbárie, ou seja, é difícil enfrentar um Tsunami.

FG = GM1M2/R2 → Quanto maior a distância, menor a força de atração.

Uma verdade quase absoluta entre as categorias, sejam estudantes, funcionários ou professores. Mas eu vou ser audacioso e colocar um novo coeficiente de ajuste da fórmula, porque a distância entre o ambiente acadêmico e as porcarias lá de fora, parece que são da ordem atômica.

S = C3KA/4ħG → Informações que entram nos buracos negros estão perdidos para sempre.

Ultimamente nos veículos de comunicação de massa, a UFSC tem figurado como algo desorganizado e mal gestionado. Parece que não estamos produzindo nada de bom, ou então, o que estamos produzindo está indo para o bolso de poucos ou sendo atirados no lixo.

T’ = T √(1-V^2/C^2 ) → Quanto mais rápido você se move através do espaço, mais lentamente você se move através do pensamento.

Parece que já existe uma quantidade enorme de pessoas aqui na UFSC que resolveu não pensar mais. O sujeito pensa somente em ganhar dinheiro e o diheiro aparece na conta bancária imediatamente, basta ele pensar, pensar como abrir uma empresa, como colocar a familia dele dentro do sistema através do jeitinho, pensar como transformar o ambiente acadêmico em algo lucrativo para ele e os seus, pensar como fazer a estrutura pública trabalhar para ele. Planejamento parece coisa para arqueólogo. Educação parece peça de museu.

S = KLOGW → A tendência para se deslocar da ordem para a desordem aumenta à medida que o tempo avança.

Uma verdade absoluta atualmente aqui na UFSC, porque eu estou de cabelos em pé com o que venho observando no comportamento das pessoas, principalmente dos estudantes, mas não estão fora os doutores do saber e os funcionários técnicos-administrativos. Agora com a tal da inclusão, a comunidade externa também está dentro da fórmula.

Resumindo, hoje eu particularmente, não quero mais a UFSC que tenho, não desejo a UFSC que essa massa quer, e desejo a UFSC que deveria ser, no tempo em que as boas mentes e a boa índole, imperavam por aqui.

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