Audiência pública evidencia problemas de trabalhadores da Enfermagem

Audiência pública evidencia problemas de trabalhadores da Enfermagem

Na manhã desta terça-feira (17/5) foi realizada a audiência pública na Assembleia Legislativa para discutir os problemas dos profissionais da área de Enfermagem no Estado, coordenada pelas entidades representativas da categoria. A atividade marcou o Dia Nacional de Luta pela Valorização da Enfermagem, promovido pelos Conselhos Federal (Cofen) e Regional (Coren/SC) de Enfermagem. No início da audiência pública foi realizada uma apresentação teatral, com uma paródia da sessão da Câmara Federal, em que atores representavam os deputados simulando a votação do projeto de lei das 30 horas para os trabalhadores do setor.

O SINTUFSC acompanhou a audiência com a participação de Celso Ramos Martins e Ricardo Egídio da Rocha, da Coordenação Geral da entidade, e Dilton Mota Rufino, da Coordenação de Formação de Políticas Sindicais. O sindicato ofereceu transporte para os trabalhadores do Hospital Universitário (HU/UFSC) que quisessem participar.

Além das questões salariais – uma das lutas é pela criação de um piso salarial profissional -, outros problemas foram evidenciados durante a audiência, como a necessidade de contratar mais profissionais tanto no setor público quanto na rede privada de atendimento em saúde, pois o subdimensionamento é imposto por gestores sem formação na área da saúde.

Durante a audiência foram apresentados pela presidente do Coren/SC, Helga Bresciani, os dados mais recentes de uma pesquisa nacional sobre o perfil dos trabalhadores do setor no País e em Santa Catarina. Clique aqui e leia a íntegra da apresentação de Helga, que considera o conhecimento da realidade como um meio de lutar pelo empoderamento dos profissionais que atuam na área.

Com números de 2012/2013, a pesquisa revela que, enquanto cerca de 1,8 milhão de profissionais atuam no Brasil, são aproximadamente 53 mil trabalhando em Santa Catarina. A média salarial gira entre mil e dois mil reais, com os profissionais muitas vezes se submetendo a jornadas de até 80 horas. “Ao contrário do que muita gente pensa, a grande maioria dos profissionais possui apenas um vínculo empregatício”, disse a presidente do Coren.

A audiência pública foi conduzida pela deputada estadual Ana Paula Lima, que é enfermeira e presidente da Comissão de Saúde do Legislativo Estadual. A criação de um piso regional, em proposta a ser feita pela Comissão de Saúde  foi um dos encaminhamentos da audiência.

 

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