Durante a Plenária Nacional da Fasubra, realizada nos dias 11, 12, 13 e 14 de março, a ampla maioria dos presentes na plenária, que contou 35 entidades e 139 delegadas e delegados credenciados, foi deliberado no escopo do eixo “Ações Internas” a “Instalação do Comando Nacional de Mobilização” e “orientação quanto à urgência da mobilização da base por meio da instalação de Comandos Locais de Mobilização”.
No último dia para encaminhar a proposta aprovada, 05 de abril, a Direção Nacional da Fasubra se reuniu para dar prosseguimento à deliberação. Entretanto, os informes que chegaram ao SINTUFSC sobre a reunião indicam que o encaminhamento dado para a Instalação do Comando Nacional de Mobilização não acompanha o debatido e aprovado na Plenária, como indica a própria convocação para a reunião da DN-FASUBRA, a pauta apresentada versava acerca de “Encaminhamentos sobre a constituição da Comissão de Mobilização da Base”, e não Comando, como deliberado.
Para além da nomenclatura, a natureza de um Comando difere da natureza de uma Comissão. A proposta de instituição desse comando o caracterizava como um instrumento de mobilização e ação pelas bases, com poderes de decisão e função de materializar a luta necessária em cada uma das IFES no Brasil. Tendo como pauta, além da Reforma Administrativa, o enfrentamento à desvalorização da carreira, aos ataques privatizantes ao serviço público e à política genocida do governo federal na pandemia.
Infelizmente, o que chega ao conhecimento da base, é que o que foi deliberado pela DN-FASUBRA modifica esses encaminhamentos, extrapolando qualquer limite de razoabilidade ou mesmo de bom senso, além de transcender suas competências estatutárias.
Nesse sentido, reforçamos o pedido de acesso à gravação da plenária e da reunião da direção nacional Fasubra, com o intuito de identificar os argumentos que fundamentam tal encaminhamento da DN em desacordo com a plenária. Também estamos no aguardo das orientações que a DN deveria encaminhar às bases, conforme aprovado em plenária, de forma evidente, explicativa e com a urgência devida.
Desrespeitar uma deliberação de plenária é uma quebra estatutária e deve sofrer as repercussões previstas. Além disso, é um ataque à categoria já tão atacada pelos inimigos da classe. Diante do exposto e da necessidade de construção da unidade na luta, dado o contexto de violentos retrocessos, impõe-se à DN-FASUBRA a urgente necessidade de nova reunião de diretoria para correção das deliberações equivocadamente emanadas, de forma a agir para o restabelecimento da vontade soberana da Plenária, que decidiu pela instalação do Comando Nacional de Mobilização, sob termos debatidos na ocasião, cuja gravação está disponível.
A vontade da Plenária precisa ser respeitada, cumprida e efetivada, sob pena de agravamento de tensões hoje latentes em diversas entidades da base. Aprofundar ainda mais o distanciamento entre DN-FASUBRA e as bases nada tem a acrescer para a necessária disposição de luta que o momento exige de nós.
✍️ Preencha o abaixo-assinado “Respeito à deliberação da Plenária da FASUBRA que criou o Comando de Mobilização (PEC 32)”: http://chng.it/xwM5FFCs
