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Corte de vagas no CSE

Corte de vagas no CSE

CALE convoca parlamentares, sindicatos, partidos, movimentos sociais e entidades do Movimento Estudantil para campanha contra o corte de vagas na UFSC

A gravidade dos últimos acontecimentos no curso de Ciências Econômicas da Universidade Federal de Santa Catarina exigem uma ampla convocatória das forças sociais defensoras da educação pública. Tramita nas instâncias da UFSC o pedido de redução de 55% das vagas do curso presencial de Economia que, caso aprovada a proposta, passará de 180 para 80 vagas. A demanda nasceu do Núcleo Docente Estruturante e, em menos de um mês, foi referendada no Colegiado do Curso, no Colegiado de Departamento de Economia, e no Conselho de Unidade do Centro Sócio-Econômico. Em todos eles, o debate foi tolhido devido a sucessivos “pedidos de urgência” na aprovação do tema, ainda que a maioria dos conselheiros sequer conhecessem o conteúdo do Parecer e suas conclusões. Mesmo assim, a redução de vagas foi aprovada de forma irresponsável nas sucessivas reuniões, com a conivência do reitor e vice-reitor, professores Prata e Paraná, que até o momento se recusam a se manifestar.

O Centro Acadêmico Livre de Economia, consciente da gravidade do tema e de suas implicações, apelou para o bom senso dos conselheiros e demandou um amplo debate entre a comunidade acadêmica, entidades de classe, sindicatos, movimento estudantil e movimentos sociais. Nas diversas ocasiões, desconsiderou-se a opinião da representação discente em nome de uma suposta premência na resolução dos problemas de nosso curso. Os professores afirmam em seu relatório que o problema da qualidade de ensino deriva da baixa relação candidato/vaga para o vestibular de Economia, fato que possibilita a entrada de estudantes pouco capacitados às exigências do currículo e que, por este motivo, terminam por evadir em massa. De forma inequívoca, no entanto, passaram por alto as evidências apresentadas na última avaliação de curso realizada pelo CALE, onde estão explícitas as deficiências do curso em termos de número de professores e sua didática; material bibliográfico; oferta de disciplinas obrigatórias e optativas; bolsas de pesquisa, etc. Somente neste semestre 300 pedidos de matrícula em disciplinas obrigatórias estão sem vagas!

As conclusões do relatório dos professores da Economia falam por si: a culpa da baixa qualidade do curso de Ciências Econômicas, afirma o documento, é dos estudantes! A decorrência de tal análise – fabricada para referendar os interesses do grupo de professores – só poderia ter o mesmo caráter: basta diminuir o número de alunos para elevar a qualidade do curso. Ademais de falsa – por não considerar outros elementos responsáveis pela evasão e desempenho dos estudantes – a proposta é anti-popular nas suas determinações. A diminuição de vagas na universidade pública é, em princípio, um ataque à democratização do ensino superior e a um projeto de nação. O trajeto de todos os países de reconhecido desenvolvimento científico foi o da ampliação da oferta de vagas no ensino superior para – além de elevar o nível geral de educação de seu povo – selecionar seus melhores quadros profissionais.

Reduzir vagas é afastar ainda mais a juventude do ensino superior brasileiro, hoje dominado pelas universidades privadas. Muito se tem debatido sobre a expansão do ensino superior aplicada pelo governo federal nos últimos anos, principalmente através do REUNI. Apesar das críticas que possamos ter a essa política, o fato é que a redução de vagas não é, em caso algum, a solução para os problemas da universidade pública brasileira. Além do mais, aprovação da medida na UFSC abre perigoso precedente para aplicação em outros cursos da universidade. No lugar de jogar a toalha, precisamos de coragem para reivindicar plenas condições de ensino e permanência. E, neste momento, o silêncio da gestão Prata/Paraná só afirma a posição passiva e conservadora de precarização do ensino público.

É o momento de nos unirmos e exigirmos da Administração Central da UFSC e do Ministério da Educação uma posição firme e contrária ao corte de vagas na UFSC!”

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