A rodada de reuniões setoriais realizadas em dezembro de 2022 nos Campi da UFSC, pela diretoria do Sindicato, confirmou que a categoria de trabalhadores técnico-administrativos da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), quer que 2023 seja um ano de luta por um reajuste salarial digno. Isso porque, em todas as reuniões os trabalhadores pautaram o descontentamento com a defasagem que incide sobre salários ao longo desses últimos sete anos.
De acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o salário médio dos TAEs em 2022 deveria ser de R$ 3.805,19. Ou seja, 31% a mais do que o valor do último reajuste realizado em 2017. Este cálculo considera os valores recebidos por trabalhadores do cargo de Nível D, que possuem um vencimento básico de R$ 2.446,96, acrescido do auxílio alimentação que possui o valor de R$ 458,00, totalizando assim R$ 2.904,96.
De 2017 para cá tudo aumentou, menos o salário dos TAEs. Somente nesses últimos cinco anos a gasolina subiu 43,74%, o gás de cozinha 51,68% e a cesta básica 40,72%. Sem um reajuste salarial há sete anos, fica difícil viver em uma das cidades com cesta básica mais caras do Brasil. Florianópolis já possui aluguéis caros e uma mobilidade urbana desafiadora, principalmente durante o verão, e em 2023 essas condições se unem ao aumento da passagem de ônibus, para precarizar ainda mais a vida da categoria. Essa é a realidade dos Técnicos-administrativos da UFSC, que além de não conseguirem viver perto da Universidade, agora precisaram arcar com um aumento exorbitante da tarifa do transporte público.
Nas cidades em que estão localizados os outros campi da UFSC a realidade não é diferente. Em Araranguá, Blumenau, Joinville e Curitibanos os trabalhadores sentem no cotidiano a defasagem salarial combinada com os altos preços de alimentos, gasolina e gás de cozinha.
Negociação salarial do Serviço Público Federal terá início em fevereiro, diz secretário do governo
Conforme noticiado pela FASUBRA, membros da diretoria da entidade sindical nacional esteve em evento do recém criado Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, no dia 12/01.
Na oportunidade, a FASUBRA e as demais entidades do Serviço Público Federal presentes questionaram o Secretário de Gestão de Pessoas e Relações de Trabalho Sérgio Mendonça e a Ministra Esther Dweck, sobre o início da abertura da mesa de negociações para o reajuste salarial do setor. Sérgio Mendonça respondeu que deve iniciar as negociações, na pior das hipóteses, no início de fevereiro, podendo iniciar ainda em Janeiro.
O SINTUFSC segue acompanhando a movimentação nacional pelo reajuste salarial dos servidores públicos federais.

