A direção do SINTUFSC ofereceu este espaço aos candidatos e candidatas à Reitoria da UFSC para apresentarem aos filiados as propostas de cada uma das cinco chapas no processo eleitoral de consulta à comunidade universitária. O material será também reproduzido na edição impressa do jornal Circulação. Com o objetivo de garantir tratamento isonômico às cinco chapas em disputa no processo eleitoral, foi assegurada uma página no jornal impresso, com espaço para uma foto dos candidatos. A edição do material enviado está reproduzida logo abaixo, seguindo a ordem dos candidatos pelo sorteio definido pela Comissão Eleitoral: 81, 82, 83, 84 e 85.
Durante o dia 21 de outubro, uma quarta-feira, acontece o primeiro turno da escolha dos nomes que vão assumir a administração central da universidade no próximo quadriênio 2016-2019. Caso seja necessário, o segundo turno deve ser realizado em 11 de novembro, também uma quarta-feira.
De acordo com a Comissão Eleitoral das entidades representativas da UFSC, as regras estabelecidas preveem que poderão votar na consulta à comunidade universitária os servidores docentes e técnico-administrativos ativos da Universidade, integrantes das respectivas carreiras e em efetivo exercício, e que constem do seu cadastro de pessoal ativo até o dia 21 de setembro deste ano; os estudantes regulares que tenham a condição de matrícula regular no dia 21 de setembro nos cursos de Graduação e de Pós-graduação (Mestrado e Doutorado) da Universidade e os estudantes do Colégio de Aplicação, desde que tenham idade mínima de 16 anos na data de 21/10/2015. O site oficial com as informações sobre o processo de consulta à comunidade pode ser acessado no endereço http://comeleufsc.ufsc.br
Confira a fala encaminhada pelas cinco chapas:
CHAPA 81 – CLÁUDIO & ROGÉRIO
Comunidade UFSC
Com a inscrição de nossa candidatura, foi iniciada a construção coletiva de nosso programa de ações. Com este programa pretendemos realizar, a partir de maio de 2016, uma gestão humanizada, propositiva e resolutiva, capaz de cumprir a missão institucional da nossa universidade. Dois pontos se tornaram fundamentais nessa construção:
• A CONFIANÇA na comunidade para cumprir a missão UFSC.
• O caráter COLETIVO de nosso programa de ações.
Assim, após trinta dias, apresentamos os primeiros resultados. Para cada novo momento acrescentaremos novas informações recolhidas. O resultado final será nosso programa de ações. Pretendemos utilizar ao máximo as redes sociais. Por dois motivos: a) respeito à comunidade e ao meio ambiente e b) nossa campanha não pretender se assemelhar a uma campanha política partidária onde é o marketing e não as ideias que prevalece!
Aspectos norteadores: logomarca e princípios
LOGOMARCA
Surgiu como resultado deste processo de construção – são as instruções que coordenam o desenvolvimento e funcionamento do ser vivo UFSC. Um DNA que tem na sua essência a confiança, a credibilidade e a coerência. Um DNA que não aceita que grupos queiram se sobrepor ao livre debate de ideias. Um DNA que possui credibilidade perante a comunidade local, nacional e internacional. Um DNA que tem a coerência como essência.
PRINCÍPIOS
DEFESA DA UNIVERSIDADE: O caráter público, gratuito e comprometido com a sociedade. A busca constante da qualidade no ensino e do mérito universitário. O reconhecimento de autonomia para as unidades. A eficiência administrativa, agilidade nos processos, a melhor aplicação dos recursos. A criação de mecanismos capazes de concretizar a mobilidade entre as diversas unidades de ensino, principalmente entre os campi e a sede na Trindade.
COMUNIDADE DA UFSC: Ambiente de trabalho seguro, saudável, acolhedor e promotor da qualidade de vida, fundamentado no diálogo, na cooperação e na solidariedade, no respeito às diferenças e na pluralidade. Formação acadêmica inovadora, modernizada e articulada com as diversas atividades culturais, artísticas e esportivas. Comunicação contínua com todos os segmentos da UFSC. A estruturação de espaços para a realização de todas as atividades da comunidade universitária. O reconhecimento da importância da educação inclusiva de qualidade e do aprimoramento de seus espaços. O compromisso para ampliar as condições de permanência dos estudantes na UFSC.
COMUNIDADE EXTERNA: O diálogo constante com instituições localizadas nos mais variados cenários regionais, nacionais e internacionais e comprometidas com o desenvolvimento humano. O comprometimento com o PNE e suas metas. A busca de soluções que amenizem as disparidades sociais e que fortaleçam o desenvolvimento econômico sustentável. O respeito à pluralidade e a promoção do desenvolvimento ético e moral, cultural, artístico, científico, tecnológico e sustentável do nosso país.
Ações operacionais gerais
São ações que nestes trinta dias estiveram mais presentes nas conversas com a comunidade: confiança; agilidade; imagem da UFSC; equidade e justiça; reconhecimento das pessoas e segurança.
CONFIAR E AGILIZAR: O aluno, o técnico e o docente que para aqui vem desejam uma Universidade avançada, respeitada e cobiçada naquilo que tem de melhor. Entretanto a missão perdeu-se em processos morosos, em questões judicializadas, está presente uma desconfiança generalizada, a qual, limita a ação de todos que trabalham, estudam e mesmo interagem com a UFSC.*
SOCIALIZAR UMA NOVA IMAGEM: A UFSC necessita retornar a ser a vanguarda de ideias e práticas inovadoras que visam construir uma sociedade melhor e mais justa. A universidade distanciou-se das demandas da sociedade e sua imagem desgastou-se. *
PROMOVER A EQUIDADE: As unidades possuem necessidades diferentes, todavia, dentro do princípio da justiça e da igualdade. A infraestrutura institucional deficitária favorece a manutenção das desigualdades sociais e econômicas. Dentro deste panorama as diversas unidades, departamentos e órgãos recebem tratamento desigual. A evasão, fruto dessa (des) equidade, se constitui num fator preocupante. *
RECONHECER O SEU POTENCIAL HUMANO: A UFSC necessita reconhecer o valor de seus estudantes e de seus servidores técnicos em educação e docentes. A memória institucional e a experiência dos que se aposentam desaparece. Os estudantes nos campi do interior não demostram orgulho de pertencimento a uma instituição de ponta.*
SEGURANÇA INSTITUCIONAL: O campus deve ser um espaço em que todos se sintam seguros. Segurança para transitar, pensar, investigar, sem sofrer assédio moral, intelectual, físico ou ameaças de qualquer espécie. Pessoas se sentem inseguras nas dependências da UFSC. A UFSC vem sendo alvo de vandalismos, furtos e assaltos. Pichações agridem e destroem o patrimônio artístico, cultural e patrimonial. *
DEMAIS AÇÕES ESPECÍFICAS: Naturalmente existem ações específicas relacionadas às atividades de ensino; pesquisa; extensão; administração. Ações voltadas a busca de recursos necessários para os tempos difíceis que se aproximam. Ações relacionadas ao Hospital Universitário e seu atual estado. Ações para o relacionamento com as Fundações de Apoio. Ações voltadas à instalação (sim instalação) dos campi da UFSC. Pedimos que visitem nossa página. Não temos e não queremos agencias publicitárias envolvidas em uma discussão eminentemente da academia. *
Muito Obrigado.
Claudio Amante – Rogério Bastos CHAPA 81 – Dia 21 VOTE 81
*O que e como fazer: ver facebook.com/claudioerogerio
CHAPA 82 – CANCELLIER & ALACOQUE
Com os STAEs, a UFSC pode mais
Para a chapa A UFSC PODE MAIS, o corpo técnico-administrativo é um patrimônio de grande valor para a Universidade Federal de Santa Catarina que precisa ser respeitado, valorizado e juntamente com os docentes e estudantes, de Florianópolis e dos Campi, ter voz ativa e participação na próxima administração da Reitoria.
O movimento A UFSC PODE MAIS surgiu com o objetivo de propor uma nova gestão para a UFSC, focada na excelência acadêmica e na eficácia administrativa. Busca uma Universidade plural e democrática, autônoma e saudável, de modo que a UFSC seja líder em suas áreas de atuação e protagonista nas suas finalidades, com aproveitamento pleno de seu potencial transformador da sociedade. Cancellier e Alacoque pretendem implantar uma gestão compartilhada e transparente, com ações cooperativas e colaborativas, baseadas no reconhecimento e no respeito às diferenças. É com esta perspectiva que Cancellier e Alacoque lideram o movimento que quer uma Universidade integradora, que agregue os Campi de Araranguá, Joinville, Blumenau e Curitibanos e que realmente tenha alta competência para que a eficiência administrativa e a excelência acadêmica promovam o bom desenvolvimento do ensino, da pesquisa, da extensão, da cultura, esporte e lazer.
Por isso, é tempo de resgatar no técnico-administrativo o orgulho de fazer parte da UFSC e de valorizar o talento destas pessoas, para pensar e construir o futuro da UFSC. Os técnico-administrativos com maior tempo de casa e experiência foram afastados de seus setores, sob a suspeita que eram “viciados” por gestões anteriores e incapazes de conduzir os trabalhos de forma adequada. Estes técnicos construíram a instituição desde seus primeiros dias até o ponto em que foram descartados para a aposentadoria ou para o “exílio” em outros setores. Os técnico-administrativos que chegaram mais recentemente foram mal acolhidos pela Universidade. Sem preparação ou respaldo necessários, tiveram que encarar diversos desafios. Precisaram assumir responsabilidades decorrentes de decisões que não tomaram e passaram a executar uma agenda que não construíram, baseada em políticas com as quais nem sempre concordam ou compreendem. Por isso, hoje o técnico administrativo já não se sente mais parte de um todo, não interage com seus pares como deveria, pois mal os conhece. Servidores técnico-administrativos não são meras matrículas a serem alocadas “onde houver vaga”.
Defendemos que a Administração deve estimular novas ideias e incentivar projetos que direcionem o talento e a capacidade dos técnicos também para os campos de ensino, pesquisa e extensão, além do aprimoramento da própria gestão. É diante desta perspectiva que a Universidade deve, portanto, atuar de forma decisiva capacitando e aperfeiçoando seus quadros e, principalmente, respeitando as pessoas.
Não haverá terceirização da relação entre a Reitoria e os segmentos. O gabinete do Reitor estará permanentemente em diálogo com os segmentos, conversando, negociando. Não será só uma gestão de memorandos e informativos aos segmentos. A gestão vai receber os segmentos, vai conversar e vai construir uma pauta conjunta.
A greve, por exemplo, é um Instrumento legítimo da classe trabalhadora, que trataremos negociando, conversando, mantendo a Universidade de portas abertas para as três categorias.
Nosso Hospital Universitário precisa de uma solução urgente. A crise atual que leva à redução de leitos e à impossibilidade de contratação de servidores pelo regime estatutário tem de ser resolvida.
Propostas claras e objetivas para o servidor técnico-administrativo:
1) Política de acolhimento aos novos técnicos-administrativos, com apresentações sobre a instituição, sua estrutura, funcionamento e atores; fomento à integração com o restante da comunidade universitária; e informação básica sobre rotinas administrativas e os sistemas de informática utilizados.
2) Criação de uma Escola de Gestão que institucionalize uma política de capacitando dos técnico-administrativos através de cursos e módulos ministrados por profissionais internos, da instituição com os programas de graduação e pós-graduação da UFSC, e da vinda à Universidade de profissionais referências em sua áreas.
3) Incentivo a projetos de pesquisa e extensão realizados por técnico-administrativos que utilizem a potencialidade interna da Universidade na solução de seus desafios e dos desafios da sociedade que a cerca.
4) Valorização e reconhecimento dos técnicos e setores que se destaquem pelo desempenho, pelas inovações e pelo bom clima organizacional.
5) Mapeamento dos talentos, habilidades e interesses dos técnicos, para o envolvimento com atividades mais alinhadas ao seu perfil.
6) Melhor aproveitamento do potencial do pessoal da Universidade baseado não em critérios políticos, mas com bases técnicas e humanísticas.
7) Atenção especial às denúncias e reclamações dos técnicos sobre situações de assédio moral, desvios de função e outros problemas na busca de um ambiente e rotina de trabalho mais saudável e agradáveis.
8) Revitalizar os serviços de atenção à saúde do servidor, fortalecendo programa de saúde preventiva e ginástica laboral e fiscalizando a salubridade e segurança dos ambientes de trabalho.
9) Criação de espaços de convivência e desenvolvimento de atividades culturais, esportivas e recreativas para a integração dos técnicos.
Agradecemos o espaço neste importante veículo de comunicação, reiterando que nós do movimento A UFSC PODE MAIS, entendemos que todos que trabalham, estudam e vivem na Universidade têm que estar voltados para um único objetivo: resolver problemas graves e emergenciais da Universidade, para que ela possa a voltar a ser de excelência.
CHAPA 83 – ROSELANE & LÚCIA

A UFSC é o nosso compromisso: profissionalismo nas relações de trabalho, valorização dos TAES e democracia nas decisões
Apresentamos nossa candidatura e nosso projeto para as eleições para a reitoria, porque acreditamos que temos muito ainda a contribuir com a UFSC. Queremos reafirmar o compromisso com uma gestão institucional e democrática, que respeite de forma integral o caráter público de nossa universidade. Sabemos o quanto a UFSC mudou nestes três anos e meio e o quanto precisa continuar mudando em direção eficiência administrativa e profissionalismo nas relações de trabalho, conquista de direitos e valorização da categoria dos TAES e democratização da universidade.
Eficiência administrativa e profissionalismo nas relações de trabalho
O ponto de partida deste projeto que se reapresenta para a comunidade da UFSC é a defesa irrestrita da dimensão pública da universidade, em sentido pleno. Acima dos interesses pessoais e corporativos, está o interesse da população brasileira, que sustenta a universidade e que quer dela o retorno desse investimento na forma de um serviço de qualidade, competente e acessível a todos.
A informalidade e o clientelismo são aspectos altamente prejudiciais para a vida institucional e para o reconhecimento efetivo dos direitos. O populismo e a política do “tapinha nas costas”, da troca de favores e de privilégios, as relações clientelistas entre dirigentes e servidores, em que interesses privados muitas vezes foram mesclados com interesses institucionais, tiveram como consequência a precarização das carreiras dos trabalhadores universitários e das trajetórias profissionais e o mascaramento dos direitos por favores e concessões.
Mudar essa cultura institucional foi um dos grandes desafios da gestão Roselane e Lúcia, e continua sendo um aspecto central deste projeto. Enfrentamos esse desafio com consciência das dificuldades. E a primeira delas foi a de sair da zona de conforto: “para que mudar se sempre foi assim?”. Inovar nas relações de trabalho e nos procedimentos, definir critérios públicos, que sirvam para todos igualmente, mexer no que não estava funcionando foi fundamental para começar um novo momento da vida institucional.
Por isso afirmamos, de cabeça erguida, que foi com responsabilidade institucional, e não com promessas ilusórias e populistas, que realizamos o debate sobre o cumprimento da carga horária de trabalho na UFSC e avançamos na definição dos setores em que é legalmente possível e necessário adotar o regime de 30 horas semanais, como setores da BU e do HU.
A UFSC respondeu à imposição do Ministério Público de implantar o ponto eletrônico com controle biométrico adotando o controle de frequência por livro ponto.
Os esforços devem continuar na construção da excelência administrativa, buscando tornar as pessoas mais motivadas e satisfeitas com seu trabalho.
Valorização dos TAES
Nosso projeto é dar continuidade às iniciativas visando a valorização dos TAES na UFSC e a criação de formas de seu engajamento cada vez maior na vida acadêmica.
Esta gestão regulamentou a possibilidade dos servidores técnicos-administrativos participarem e coordenarem projetos de pesquisa e de extensão. A resolução de pesquisa formaliza essa possibilidade, dando aos servidores que querem coordenar projetos o mesmo tratamento dado aos docentes.
Além disso, esta foi a gestão que mais incluiu técnicos-administrativos em cargos em todos os escalões. Temos atualmente os seguintes cargos ocupados por TAES na administração central: um pró-reitor, quatro pró-reitores adjuntos, uma secretária e duas adjuntas, além da chefia adjunta de gabinete da reitoria. Defendemos a necessidade e o direito dos TAES à capacitação e à formação em todos os níveis.
Democracia nas decisões
Propomos também dar continuidade e aprofundar os processos democráticos na UFSC.
Na atual gestão defendemos a institucionalidade e o fortalecimento dos conselhos e colegiados. As decisões, algumas delas antes tomadas de forma centralizada e em pequenos grupos, agora passam pelas instâncias regulamentares e democraticamente reconhecidas. Nunca o Conselho Universitário foi tão valorizado como espaço para vivos e intensos debates sobre as grandes questões da universidade.
Nas questões mais polêmicas e importantes da instituição as reitoras não se furtaram a debater com a comunidade universitária, como nos fóruns abertos sobre segurança e sobre o plano diretor do campus. Foi também a única gestão na história que apresentou em audiência pública o orçamento e abriu as contas da UFSC de forma transparente. A realização do plebiscito da EBSERH, organizado pelo CUn, é um exemplo da abertura e do diálogo com a comunidade. Além disso, as reitoras participaram de reuniões de conselho dos centros de ensino e dos campi. Dialogaram com os movimentos buscando solução para as demandas, participaram de assembleias dos TAEs, debatendo assuntos importantes para a categoria.
É necessário continuar fortalecendo nossas instâncias institucionais, conselhos e colegiados, as representações dos estudantes e dos trabalhadores da UFSC, e também aprofundar a democracia como princípio institucional.
É para avançar ainda mais que Roselane e Lúcia reapresentam sua candidatura para a reitoria da UFSC. Os grandes princípios que regeram a gestão até agora continuarão norteando este projeto: transparência e compromisso institucional; democracia e diálogo, com o fortalecimento da representação e da participação da comunidade acadêmica nas grandes decisões; qualidade acadêmica e defesa de uma universidade socialmente referenciada e a garantia dos campi como espaço de cidadania.
Continuar avançando e não retroceder. O nosso compromisso é a UFSC.
CHAPA 84 – DE PIERI & BEBETO
Carta aos Técnico-Administrativos em Educação da UFSC
A Universidade é uma instituição social do conhecimento, mantida pela sociedade, para formar seus alunos com qualidade acadêmica e, através da pesquisa, produzirmos soluções aos desafios que a realidade social e produtiva nos colocam. Devolver estes produtos à sociedade é, portanto, uma obrigação. Por outro lado, a organização e o funcionamento, dessa instituição é, fundamentalmente, uma responsabilidade dos colaboradores que nela trabalham, professores e técnico-administrativos. Já seu financiamento é responsabilidade do Estado.
Nossa Chapa UFSC + quer construir uma universidade cuja gestão administrativa seja mais ágil, organizada e eficiente e isso somente será realizável com o profissionalismo dos Técnicos-Administrativos em Educação (TAE). A execução das políticas acadêmicas deve ser contínua. Isso exige que as funções administrativas- desde as estruturas maiores, como pró-reitorias, centros e campus- sejam exercidas por vocês TAE. Por outro lado, as definições das políticas universitárias são um exercício que deve evolver todas as três categorias. E é isto que integrará os TAE, os alunos e professores para alcançar as transformações necessárias rumo a uma UFSC mais protagonista no desenvolvimento econômico e social do país, de nosso estado e das cidades em que seus Campi estão instalados. Se todos se envolverem profissionalmente com a missão e valores da UFSC, de fato a universidade se tornará ainda mais moderna, mais atuante, mais progressista, mais colaborativa, democrática e participativa.
Com esse espírito, apresentamos nossas Ideias Iniciais, buscando dialogar com cada um e cada uma que queira construir essa UFSC+. Sabemos que não temos todas as soluções e não queremos fazer crer que com algum tipo de canetada resolveremos problemas estruturais e históricos. Afinal, muitas dessas pendências dependem essencialmente do MEC ou de lutas maiores. Mas queremos liderar processos baseados no diálogo, no reconhecimento e no profissionalismo dos TAE. Assim, resumidamente:
Queremos o empoderamento da parte dos Técnico-Administrativos em Educação na gestão administrativa da UFSC, para que exerçam plenamente as funções e atribuições de seus cargos, podendo contribuir com todo seu potencial para o desenvolvimento da instituição.
Para isso propomos a criação da função de Superintendente Administrativo nas Pró-Reitorias e Centros de Ensino, a serem exercidas por TAE, escolhidos por critérios transparentes, eminentemente técnicoprofissionais, construídos de forma participativa. Esta medida irá aumentar a eficiência no gerenciamento das atividades nos campi, além de valorizar o trabalho e a ótima formação dos nossos servidores.
Além disso, queremos estabelecer o Campus como unidade administrativa básica de uma UFSC-Multicampi. Desta forma, o Diretor Administrativo do Campi (inclusive o de Florianópolis) será escolhido, dentre os técnicoadministrativos de cada unidade, em processo democrático, cujos critérios para habilitar sejam construídos de forma participativa.
A criação de um Colegiado de Administração e Desenvolvimento (CADE) é outra iniciativa que queremos implementar para desenvolver um ambiente próprio para o debate sob o ponto de vista da gestão. Coordenado pelo Pró-Reitor de Administração – como representante do Reitor – e formado pelos superintendentes administrativos e diretores administrativos de centros e dos campi. Este colegiado terá o formato das existentes câmaras especializadas do CUn.
Também queremos criar um ambiente institucional favorável à participação plena de TAE nos projetos de pesquisa e de extensão da UFSC. E criar um banco de talentos da UFSC – nos moldes de outras IFES. Desta forma iremos aproveitar as competências dos TAE nas diversas áreas e setores da universidade, potencializando ainda mais a sua contribuição para o desenvolvimento da universidade.
Como forma de valorizar e desenvolver cada vez mais as capacidades da gestão universitária, iremos apoiar à qualificação e capacitação dos Técnico-Administrativos em Educação por meio da promoção de pesquisa sobre perfil dos TAE da UFSC, visando a elaboração de programas de capacitação, de um programa de incentivo à escolarização básica dos TAE e o incentivo à qualificação dos técnicos nos Programas de Pós-graduação Strictu Senso e nos Cursos de Especialização Lato Sensu oferecidos pela universidade.
Consideramos também fundamental que as regras sejam claras no trato com a gestão de pessoas na universidade, envolvendo o dimensionamento da força de trabalho e a movimentação de TAE (Lotação/localização, remoção e redistribuição). Além disso, iremos regulamentar a Jornada de trabalho flexibilizada, sem redução de salário, com imediata resolutividade para o HU e BU, avaliando possibilidades aos protocolos gerais e setoriais. Por fim, definiremos uma política de combate ao assédio moral e a toda forma de opressão na universidade.
Para a interação e o fortalecimento das relações com as entidades dos TAEs, a Chapa UFSC+ propõe criar uma mesa de diálogo permanente da Reitoria com o Sintufsc, a atuação nas interlocuções da Andifes e do MEC para viabilizar as demandas dos TAE e a interlocução junto às prefeituras e Estado para buscar soluções às demandas dos TAE para vagas em creches próximas dos campi da UFSC.
Por fim, atuaremos no que tange a Saúde e a proteção para o exercício profissional na UFSC. A saúde e a segurança no trabalho devem ser asseguradas permanentemente. Já existem diversas e boas iniciativas, outras iremos retomar e fortalecer. Além disso, buscaremos ter uma política mais permanente e eficaz, incluindo a permanência da questão da insalubridade.
CHAPA 85 – IRINEU & MÔNICA
Movimento Somos Tod@s UFSC
O movimento Somos Tod@s UFSC, liderado pelo Professor Irineu Manoel de Souza, conta com representantes de todos os setores da comunidade universitária: estudantes de graduação e de pós-graduação, técnicos, professores ativos, aposentados e pesquisadores visitantes, além de membros da comunidade externa. A equipe de base vem se reunindo desde 2010 para discutir e vislumbrar soluções prementes para os grandes temas relacionados à vida universitária e, naturalmente, para além de seus limites institucionais.
O Prof. Irineu Manoel de Souza, do Departamento de Ciências da Administração, foi escolhido por sua longa trajetória na casa, marcada por comprometimentos com os problemas da Instituição. Irineu ingressou na UFSC por concurso público em 1974 para assumir o cargo de Técnico Administrativo, o qual desenvolveu por mais de 35 anos. Paralelamente, investiu em sua formação acadêmica superior e pós-superior, sempre visando aprofundamento sobre um tema: gestão universitária. Atualmente é professor de graduação e pós-graduação, atuando também em pesquisa e extensão, mantendo sua luta incansável por uma UFSC melhor para todos.
A Prof. Mônica Aparecida Aguiar dos Santos foi professora na sede de Florianópolis no curso de Agronomia entre 2002 e 2012. Atuou como Diretora de Projetos de Extensão em 2008, tendo atuado em prol do Projeto Rodon. A partir de 2010, envolveu-se na questão da instauração dos novos campi. Assim, em 2012, solicitou sua remoção definitiva para o campus de Curitibanos onde assumiu a função de Diretora Acadêmica. Atualmente, luta ativamente pela garantia de condições de trabalho, estudo e pesquisa para todos os cinco campi. Seu nome foi escolhido pelo Movimento por sua vasta experiência em extensão universitária, mas sobretudo por seu profundo conhecimento das restrições atualmente vivenciadas nos campi.
Os posicionamentos do Movimento Somos Tod@s UFSC são claros, objetivos e precisos, pois resultaram de longas discussões realizadas coletivamente. Os Princípios que defendemos são sustentados por Ações a serem implementadas através de uma gestão democrática, a ser estendida a todas as instâncias da UFSC.
Defendemos intransigentemente o caráter público e a democratização da UFSC, sendo explicitamente contrários aos cortes de verbas impostos pelo MEC às universidades federais. Somos claros diante de questões polêmicas, como a defesa das 30 horas e não à EBSERH.
Com relação a sua função social, entendemos as universidades como pólos de geração de conhecimentos que comportam soluções para os problemas sociais brasileiros. Logo, elas não podem deixar de ser fóruns privilegiados para encontrar soluções para seus próprios problemas. A revitalização das atividades culturais, artísticas e científicas, representam a melhor maneira para reativar a integração entre saberes comunitários e o conhecimento científico produzido na Instituição. A recuperação da imagem da universidade, e no caso específico de seus cinco campi, como: difusores de conhecimentos, local de convivência e de ambiente de lazer, constitui ação premente para a revalorização da UFSC junto à sociedade. O Movimento visa resgatar não somente o caráter inventivo, mas também a esperança e o ânimo pela vida universitária em suas diferentes vertentes e possibilidades.
No que concerne ao ensino pós-superior, assumimos que é essencial garantir e visar conceitos mais elevados para os Programas de Pós-Graduação, mas acreditamos ser necessário revalorizar a graduação por meio do reconhecimento de sua centralidade na universidade, tendo em vista que a capacitação superior representa o principal pilar para a sustentação das formações direcionadas à educação de base: fundamental e média. De forma intrínseca, a noção de continuidade é imprescindível para a instauração de sustentáculos para a incrementação e difusão dos saberes.
Em termos de gestão, o reitor deverá tomar posições firmes e ativas junto à ANDIFES e outras instâncias nacionais e internacionais em defesa da autonomia universitária e seu caráter público. A descentralização do “poder”, a transparência na informação pública, a liberdade de pensamento, uma política de comunicação democrática e participativa são ações inegociáveis. Similarmente, somos expressamente contrários as opressões como de gênero e de raça. A gestão Irineu & Mônica combaterá ao assédio moral em todos os setores e em todas as suas formas.
No que concerne à segurança, antes de pensar em colocar a polícia no campus, será preciso reativar o cargo de segurança universitário, por meio de ações junto a ANDIFES. Incentivaremos o fluxo de pessoas no campus por meio de atividades culturais, com acessos mais iluminados, reativação de cartões de estacionamentos e controle de acesso a ambientes internos.
Em relação às demandas estudantis, visamos fortalecer o programa de permanência estudantil, dedicando tratamento humano às ações em prol da permanência. Desejamos ampliar as moradia na sede e implantá-la nos campi de Araranguá, Blumenau, Curitibanos, e Joinville, paralelamente à adoção do regime de 3 refeições diárias nos restaurantes universitários. Revigorar as Ações Afirmativas, introduzindo políticas e procedimentos de democratização e assistência estudantil, combatendo as injustiças sociais e a discriminação, apoiando os estudantes e fortalecendo a comunidade acadêmica.
Objetiva também ampliar a representatividade dos TAEs nos órgãos colegiados, como o CUn e demais instâncias deliberativas, sobretudo em razão da criação dos novos campi. Defendemos o reconhecimento das competências dos TAEs em relação, por exemplo, do registro de projetos de pesquisa e extensão.






