Esta edição do jornal Circulação do Sintufsc fecha em clima de eleições para a diretoria do sindicato. Está em andamento o processo eleitoral para escolha da nova direção e conselho fiscal do Sintufsc, para o biênio 2009/2011. As eleições acontecem em 20 de agosto e a nova coordenação assume em 23 de setembro.
Independentemente do resultado da eleição, a chapa que assumir terá que manter o máximo respeito Estatuto do Sintufsc, que é “Constituição” dos trabalhadores. A nova direção do sindicato também vai ter o compromisso de tocar a luta da categoria, prevista no Plano de Lutas para o biênio 2009/2011, aprovado no IX Consintufsc, realizado nos 28 e 29 de abril deste ano, que prevê lutas internas, nacionais e internacionais, como a de impedir a aprovação do PLP-092 – projeto que cria as famigeradas fundações estatais de direito privado.
A categoria está em processo de construção da mobilização em favor da oficialização da jornada de 30 horas semanais para bem atender a comunidade. Seis horas para atender no mínimo 12h ininterruptas, esta é uma das principais bandeiras de luta da categoria. Conforme decisão de assembléia, realizada em 8 de junho, os trabalhadores técnico-administrativos da universidade rejeitaram a proposta, da maneira como foi apresentada pela reitoria, para integrar uma comissão que vai debater a implantação das 6 horas na UFSC. Isso não significa que os trabalhadores fecharam o diálogo com a administração, muito menos que abandonaram a luta.
A luta pela oficialização das 6 horas na UFSC e contra o ponto eletrônico se insere dentro de um perfil de luta por todo o serviço público, com condições dignas de trabalho, saúde do trabalhador e portas abertas para a comunidade. Além da jornada de 30 horas semanas, a categoria reivindica realização de concursos públicos, o fim da terceirização, a recuperação de cargos extintos necessários e o fim do assédio moral, pressão e opressão dos trabalhadores.
O que também tem gerado preocupação na categoria é a ameaça do não cumprimento do acordo da greve de 2007, por parte do governo federal. A Fasubra já encaminha um indicativo de greve e irá realizar uma Plenária Nacional nos dias 11 e 12 de julho.
Os trabalhadores também estão preocupados com o processo de expansão da universidade, nos moldes do que é contado na reportagem das páginas 8 e 9, sobre do campus de Joinville. Eles questionam: A política é a contratação de trabalhadores terceirizados, explorados por empresas? O que acontece hoje no HU é o exemplo do rumo a seguir? Isso, se referindo ao pregão eletrônico divulgado pela universidade para ocupação de postos de trabalho no HU.
Por isso, o sindicato reforça que a luta pela realização de concursos públicos seja intensificada. Hoje existem cargos da universidade que não possuem sequer um trabalhador do quadro da UFSC. Somente terceirizados. Como é o caso da segurança do HU.
As páginas do jornal Circulação deste mês também voltam a trazer à tona a criminalização dos estudantes e de lutadores dos movimentos sociais. Que ainda sofrem processos penais e administrativos por conta de um ato político realizado em uma sessão do CUn, em outubro de 2005.
Está claro que os trabalhadores da universidade terão que enfrentar um período de intensas batalhas pela frente. Na UFSC, a luta está sendo encaminhada pelos trabalhadores, como os do RU, que já estão apresentando resultados interessantes de sua organização. Os Grupos de Trabalho do Sintufsc foram retomados e os participantes estão conseguindo manter uma periodicidade nas reuniões dos GTs Carreira, Saúde, Segurança e dos Aposentados.
