Em reunião com comando de greve, reitor da UFSC relata conversa em Brasília

Em reunião com comando de greve, reitor da UFSC relata conversa em Brasília

Os integrantes do Comando Local de Greve dos trabalhadores técnico-administrativos em Educação da UFSC foram recebidos pelo reitor Luiz Carlos Cancellier durante a tarde desta segunda-feira (7/11), com a presença da vice-reitora Alacoque Erdtmann, quando Cancellier fez um relato da reunião realizada na sexta-feira passada em Brasília entre os reitores da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) e os dirigentes da Federação dos Sindicatos dos trabalhadores da Universidades Públicas do Brasil (Fasubra). Segundo o reitor, existe uma posição clara de aliança neste momento entre os reitores e os técnicos das universidades em greve contra a aprovação da PEC 55/2016 pelo Senado Federal.

Conforme Cancellier, a Andifes e os dirigentes da Federação têm clareza que o adversário é outro e está fora das universidades. “Por isso avaliamos que é importante manter a porta aberta com o Ministério da Educação, e a Andifes é um canal de negociação entre o MEC e a Fasubra”, observou o reitor, destacando as questões emergenciais levantadas pelos dirigentes das universidades. Os membros do CLG interromperam por cerca de uma hora a reunião que mantinham no hall da Reitoria para subirem até o gabinete do reitor e solicitar esclarecimentos sobre as reuniões mantidas em Brasília na semana passada sobre o movimento grevista.

Os dois principais assuntos discutidos na Capital Federal foram o movimento de paralisação dos técnicos nas universidades e a recente decisão dos ministros do Supremo Tribunal Federal em relação ao desconto dos dias parados durante as greves dos servidores públicos. Em relação ao assunto, Cancellier confirmou a disposição da Andifes e da Fasubra de trabalharem em conjunto através de suas assessorias jurídicas para construírem o embasamento legal da greve nacional. O reitor adiantou que é preciso manter o diálogo constante para que o movimento grevista não prejudique setores essenciais para a instituição. Citou especificamente a área de pessoal, que fecha a folha de pagamento e que dará posse nos próximos dias a mais de 130 novos técnicos para a universidade.

Ele destacou também a importância de outros setores essenciais seguirem atuando, como a Pró-Reitoria de Desenvolvimento e Gestão de Pessoas (Prodegesp), que tem concursos em andamento para contratação de docentes, além do cadastramento dos alunos beneficiários das ações afirmativas pela PRAE. “Se estes setores pararem, isso é contraproducente para nós”, disse e ressaltando que nunca houve tanta sintonia entre os técnicos e os alunos neste momento, em que a Biblioteca Universitária funciona parcialmente e o Restaurante Universitário segue fornecendo as cerca de 4 mil refeições diárias subsidiadas aos quase dois mil estudantes isentos.

O reitor concordou em formalizar aos técnicos, docentes e estudantes a posição de apoio da Reitoria ao direito de greve dos trabalhadores, além de colocar-se em permanente diálogo com os três segmentos da universidade. Ele destacou a posição do Conselho Universitário da UFSC, que aprovou na semana passada manifestações contrárias à PEC 241, ao projeto Escola sem Partido, à medida provisória da Reforma do Ensino Médio e PEC 65 que trata do Licenciamento Ambiental.

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