Forte aparato policial garante adesão à EBSERH na UFPR

Forte aparato policial garante adesão à EBSERH na UFPR

Mais uma vez o aparato policial paranaense entrou em ação e garantiu a realização da sessão do Conselho Universitário (Coun) da Universidade Federal do Paraná que confirmou a adesão do Hospital das Clínicas, maior hospital público do Estado, à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares – Ebserh.

Trabalhadores, estudantes, professores tentaram impedir a entrada de conselheiros favoráveis à privatização do hospital mas o que pouca gente esperava aconteceu. O reitor Zaki Akel Sobrinho realizou a votação consultando integrantes do conselho ausentes pelo telefone.

Trabalhadores da UFSC participaram da movimentação que tentou impedir a realização da sessão do Coun da UFPR dando apoio ao Sinditest-PR, SindSaúde-PR, estudantes e outros movimentos sociais presentes na manhã do dia 28 de agosto. “A Ebserh é um câncer do sistema de saúde público. A luta contra esta empresa é nacional. Temos que barra-la em todo país”, disse Teresinha Ceccato, integrante da coordenação geral do Sintufsc, presente no ato.

Pimenta nos olhos dos outros

Desde cedo Polícia Federal e Polícia Militar já acompanhavam as movimentações no prédio da reitoria da UFPR, no centro de Curitiba. Antes do início da sessão, os estudantes forçaram a entrada de conselheiros contrários à Ebserh dando início à primeira confusão do dia e a detenção de um jovem estudante arbitrariamente.

Mais tarde, iniciada a sessão, os manifestantes não permitiram a entrada de conselheiros favoráveis à adesão do HC à Ebserh, um micro ônibus os levaram para o prédio do HC.

Chegando no hospital foi dado início à votação do Conselho Universitário. Na reitoria os manifestantes tentavam forçar a entrada dos conselheiros contrários à adesão, barrados pela segurança privada. A PF entrou em ação distribuindo gás de pimenta, bombas de efeito moral e balas de borracha a vontade.

Dos 63 integrantes do Conselho Universitário da UFPR, apenas 40 votaram. Destes 31 votaram favoráveis à Ebserh e 9 votaram contra. Dos votos favoráveis, 9 conselheiros votaram por telefone.

“Podemos conferir como o governo está conduzindo a adesão à Ebserh. Com gás lacrimogênio e balas de borracha. Não podemos permitir que isso aconteça em Florianópolis”, disse Teresinha.

Carla Cobalchini, diretora do Sinditest-PR, explica que a forma como a votação aconteceu foi irregular. “Agora vamos entrar na justiça pedindo a anulação da votação”.

Depois dos tumultos os manifestantes permaneceram no prédio da reitoria até que o estudante detido fosse libertado o que aconteceu na madrugada de sexta-feira.

IMG_9552

IMG_9533

Veja mais fotos aqui

Compartilhe em suas redes:

Veja outras matérias