Reunidos em assembleia geral permanente de greve na tarde desta quarta-feira (3/6) no auditório do Hospital Universitário, os trabalhadores e trabalhadoras da UFSC em greve discutiram os próximos passos do movimento grevista iniciado na última segunda-feira, reforçando a greve nacional que, segundo as informações do comando nacional de greve, contam até o momento com a adesão de 53 universidades federais do País. A próxima reunião do comando local de greve ficou para segunda-feira (8) às 10 da manhã no hall da Reitoria e a nova AGP foi marcada para quarta-feira (10) às 9 horas também no hall da Reitoria.
A mesa teve direção do coordenador do SINTUFSC, Celso Ramos Martins, que ressaltou a importância da unidade e paciência para mobilizar a categoria e avançar na busca de conquistas para todos. “Esse é um movimento em defesa da universidade brasileira e a pauta está protocolada em Brasília. Ele envolve todos os trabalhadores da UFSC, não é só dos filiados do sindicato”, ressaltou Celso.
Os TAEs fizeram relatos com os informes das reuniões setoriais realizadas nos primeiros dias da paralisação, como no DEPAE, CFH, CCA e CCB, quando foram passadas orientações sobre a adesão ao movimento. O advogado Guilherme Querne, do setor jurídico do SINTUFSC, esteve na assembleia prestando informações sobre as medidas judiciais para garantir os direitos aos adicionais de insalubridade e periculosidade por parte dos trabalhadores do HU e da Universidade como um todo.
Dentre as deliberações, a plenária da AGP decidiu mobilizar a categoria para participar na próxima segunda-feira (8/6) da audiência pública que acontece às 14 horas no auditório da Assembleia Legislativa sobre o PL 30/2015, que trata das terceirizações. O evento deve contar com a presença do senador Paulo Paim (PT-RS), a quem será entregue um ofício com a pauta específica de greve dos TAEs. O SINTUFSC vai colocar um ônibus para o transporte dos trabalhadores, com saída prevista para as 13 horas da parada de ônibus da Reitoria, em frente ao prédio da Certi, no campus.
A necessidade de unidade dos TAEs, inclusive com o movimento dos professores, alunos e demais servidores federais e outras categorias em greve, foi levantada durante a análise conjuntural, quando os participantes da plenária levantaram sugestões de estratégias para que o movimento ganhe visibilidade e ajude a resultar em vitórias concretas para a categoria. Existe uma certa dose de descrença na possibilidade de reverter os cortes do Governo Federal nas áreas sociais, como saúde e educação – que afetam diretamente o bolso dos trabalhadores – como forma de efetivar o chamado ajuste fiscal e a possibilidade do País honrar o pagamento dos juros da dívida.






