Um ato de solidariedade ao reitor da UFSC, professor Ubaldo Cesar Balthazar, e ao chefe de gabinete, professor Áureo Mafra de Moraes, foi realizado no final da tarde desta segunda-feira (27/8) no hall da Reitoria por representantes do movimento sindical da Capital, professores e trabalhadores técnico-administrativos da universidade. Na sexta-feira (24/8) o Ministério Público Federal apresentou denúncia contra ambos por crime contra a honra da delegada da Polícia Federal que chefiou a operação da Polícia Federal no ano passado que resultou no suicídio do então reitor Luiz Carlos Cancellier de Olivo.
Durante a rápida manifestação foi lida uma carta de solidariedade, seguida de pronunciamentos em defesa da autonomia universitária e manifestações críticas à iniciativa do procurador federal que fez a denúncia, considerada um abuso de autoridade. O reitor agradeceu o apoio e reforçou sua preocupação apenas com os reflexos políticos em relação à própria universidade. “Temos que sair das páginas policiais e passar a ocupar os espaços nobres dos avanços das pequisas em ciência e tecnologia”, destacou. Segundo ele, já está passando do tempo de dar uma resposta firme aos ataques que a instituição está sofrendo. O assunto será pauta da sessão do Conselho Universitário previsto para a tarde desta terça-feira (28/8).
Em sua fala, Ubaldo lembrou da visita que recebeu pela manhã dos dirigentes da seccional catarinense da Ordem do Advogados do Brasil, que também manifestaram solidariedade aos gestores da universidade. O ato foi organizado pelo Coletivo Floripa Contra o Estado de Exceção e contou com a participação de Celso Ramos Martins e Dilton Mota Rufino, ambos da coordenação do SINTUFSC. Estava presente ao ato Acioli de Olivo, irmão do ex-reitor. Em silêncio durante todo o ato, Acioli segurava um cartaz contra o abuso de poder, com a pergunta que demonstra um pouco da indignação com os reflexos da ação da polícia: “Quem matou o reitor?”.
