Após inundação no almoxarifado e patrimônio do HU-UFSC, Sintufsc junto de sindicatos cobra ações de emergência e denuncia riscos de contaminação
07/02/2025Em reunião nesta quinta-feira, 6, o SINTUFSC, em conjunto com Simdlimp e […]
31/03/2009
Centenas de estudantes, trabalhadores e militantes dos movimentos sociais fizeram manifestações no centro de capital, nos dias 4, 5, 10, 11 e 12 de março, contra o aumento da tarifa do transporte coletivo em Florianópolis. No mês de fevereiro foi criada uma “Frente Contra o Aumento da Tarifa” que é composta por diversos sindicatos, entidades comunitárias, movimentos, organizações culturais, partidos, etc. Os objetivos principais da Frente são de revogar o aumento da tarifa do ônibus, que, nas férias de fim de ano, foi de R$ 2,50 para R$ 2,70 e de R$ 1,80 para R$ 2,10, no cartão, e exigir o cumprimento de uma promessa de campanha de Dário Berger: a municipalização da Cotisa – Consórcio das Empresas de Transporte, que hoje administra os terminais e planeja o transporte público em Florianópolis. Os protestos de março aconteceram em frente ao Ticen – Terminal Integrado do Centro. Após entregarem um panfleto explicando a situação do transporte na cidade para as pessoas que passavam em frente ao terminal, os manifestantes saíram em marcha pelas principais ruas do centro da cidade, passando pela Câmara dos Vereadores, Cefet, Escola Básica Estadual Governador Celso Ramos e Assembléia Legislativa do Estado. Com instrumentos musicais, apitos e faixas, repetiam gritos de ordem: “Se a tarifa não baixar olê, olê, olá….a cidade vai parar! Vitor Calejon, um dos militantes do MPL, diz que a única maneira de se conseguir uma mudança na política de transporte em Florianópolis é através da mobilização. Lembrou da “revolta da catraca”, que desde 2004 luta contra os aumentos abusivos no transporte coletivo de Florianópolis. A revolta já reuniu milhares de manifestantes e em outra ocasião fechou as pontes de acesso à ilha e depois de muita luta e conflito com a polícia conseguiu reduzir as tarifas do transporte na cidade. Vitor destacou que a luta travada na capital catarinense é referência em todo o país e que este ano os militantes estão dispostos a se mobilizar e ir para as ruas novamente, o que já está acontecendo.
Hora de mudar
Marcelo Pomar, militante do Movimento Passe Livre que foi preso em 2006, durante manifestações no centro da cidade, chama a atenção para o momento político estratégico que a cidade está vivendo. Os contratos com as empresas que exploram o transporte na capital venceram e está para ser decidido se elas permanecem por mais dez anos ou não. Para ele a luta vai crescer e ganhar força novamente este ano. “Temos seis meses de luta pela frente”, afirma. Em 2009, mais uma vez os protestos foram acompanhados de perto pelo pelotão de choque da polícia militar e pela guarda municipal da cidade. Diógenes Moura Breda, representante do DCE – Diretório Central dos Estudantes da UFSC, ao falar ao microfone durante a manifestação, orientava os manifestantes para que não entrassem em conflito com a polícia, lembrando que a luta não era contra os policiais e sim contra o aumento das tarifas do transporte coletivo na cidade. Por enquanto não houve nenhum grande conflito entre manifestantes e policiais militares. Durante um dos atos os PMs impediram que a avenida em frente ao Ticen fosse fechada e tentaram apreenderam o som dos manifestantes. Os praças que acompanhavam o protesto impediram e a aparelhagem foi escondida no “quartel da liberdade”. Os PMs anotaram o nome de todos os praças que ajudaram e um militante foi detido. Bandeiras, faixas coloridas, cartazes e palavras de ordem encerraram as manifestações no centro avisando que se a tarifa não baixar: “Amanhã vai ser maior, amanhã vai ser maior…”
Audiência Pública
A Frente de Luta contra o Aumento da Tarifa também conseguiu uma Audiência Pública sobre o transporte coletivo da capital, com o secretário de Transportes e vice-prefeito de Florianópolis, João Batista Nunes. No encontro, realizado no dia 13 de março, no Plenarinho da Assembléia Legislativa de Santa Catarina, os movimentos sociais organizados apresentaram um conjunto de propostas, que constam na agenda unificada dos movimentos em relação ao debate sobre transporte, e cobraram posicionamento por parte do executivo municipal.