Após inundação no almoxarifado e patrimônio do HU-UFSC, Sintufsc junto de sindicatos cobra ações de emergência e denuncia riscos de contaminação
07/02/2025Em reunião nesta quinta-feira, 6, o SINTUFSC, em conjunto com Simdlimp e […]
31/05/2023
As portarias 470 e 471/2023/GR/UFSC inauguram uma nova realidade para as atividades TAES em nossa universidade. Mesmo sendo uma novidade que precisa ser pensada em cada um dos setores, os temas não são novos e vêm sendo pautados pela categoria há anos.
A histórica luta pelas 6 horas foi pauta central no movimento dos TAES e sua implementação deve ser encarada hoje como uma vitória desse longo processo de amadurecimento em nossa universidade. No mesmo sentido, a conquista da possibilidade de Teletrabalho, mesmo que em projeto piloto, atende as demandas de muitos servidores da nossa UFSC, que se deslocam por demasiado e injustificável tempo, todos os dias, para chegar ou deixar um dos nossos cinco Campi.
Assim como na proposta de flexibilização, a construção de uma posição por parte da categoria sobre o Teletrabalho foi objeto de muita discussão em diferentes espaços, como assembleias, grupos de trabalho, entre outros,. Desse modo, é fruto de um importante processo de amadurecimento que contribuiu para a maturidade da instituição em relação ao tema. Esse debate já foi superado e os TAES da UFSC defendem e estão juntos na construção da viabilidade do Teletrabalho em todos os setores onde este for aplicável.
É sabido que em toda mudança de grande impacto há margem para incertezas, por isso, é compreensível que haja nesse momento alguma necessidade de melhora no processo de implementação, mas é preciso dizer que esse entendimento não pode servir como salvaguarda para erros de condução no processo. Nesse sentido, é necessário que a PRODEGESP dedique maiores esforços visando melhorar a compreensão de todos os setores e segmentos da UFSC sobre o processo de implementação desses dois importantes programas-piloto, especialmente, estabelecendo fluxos, prazos e pacificando a interpretação das normas.
Para além desses apontamentos cabíveis à administração central, é necessário que tenhamos atenção com a condução dos debates que emergiram a partir da publicação das supracitadas portarias. Nesse sentido, nos causa estranheza a defesa pela permanência dos TAES no exercício presencial de suas tarefas, conforme apresentado pelo Diretor do CCE em nota divulgada pela comunicação da APUFSC.
Há mudanças em andamento no mundo do trabalho, uma instituição com a complexidade da UFSC não pode passar às margens desse processo. Os TAES, e é disso que se trata, já que os servidores docentes sempre puderam contar com teletrabalho em razão da natureza de suas atividades, hoje também podem realizar muitas de suas atividades por meio das tecnologias disponíveis, não devendo estar necessariamente nos espaços da universidade para tal.
Longe de tornar isso um conflito de categorias, não entendemos porque a nota anteriormente referida aparentemente se preocupa com os efeitos do Teletrabalho e da pandemia sobre a saúde mental dos TAES, mas não se preocupa da mesma forma com o efeito sobre os servidores docentes, não propondo um aumento do período de permanência destes na UFSC como medida de promoção à saúde mental dos mesmos.
Também causa temor uma aparente reação de alguns diretores de centro que parecem agir como oposição em razão de suas posições na última eleição para reitoria. Entendemos que o debate sobre reorganização do trabalho na UFSC é complexo e importante, e por isso precisa continuar sendo feito, porém não pode ser conduzido como terceiro turno eleitoral ou como forma de marcar posição com vistas a visibilidade política.
A UFSC é uma, não é cabível que existam “Centros/Diretorias/Coordenadorias piores” em que a interpretação é mais “restritiva” e outras em que o atendimento da norma pareça se dar por benesse de gestores carismáticos. Como todo assunto na esfera pública, deve imperar o republicanismo e a isonomia no atendimento aos servidores, com uma interpretação uniforme das normas que garanta segurança para todos nós, inclusive os que estão exercendo nesse momento alguma posição de chefia.
Por fim, consideramos ser essencial que os desafios que surjam durante a execução dos programas-piloto possam ser resolvidos em comunhão por toda a comunidade universitária, afinal, certamente esses programas deverão passar por aperfeiçoamento e suas formas finais resultarão do empenho de toda a comunidade universitária.
A Direção do Sintufsc seguirá empenhada em garantir a boa condução do processo de implementação e do sucesso desses dois programas, não se furtando ao debate, mas defendendo intransigentemente os direitos e conquistas de nossa categoria.
Gestão TAEs em luta