Estava tudo pronto para iniciar a assembleia geral permanente na manhã desta terça-feira, dia 10, e administração central da universidade e trabalhadores debaterem pautas de reivindicação. Mas o chefe de gabinete, Carlos Vieira, veio dar a notícia de que nem a reitora e nem a vice participariam da AGP.
Os trabalhadores ficaram mais descontentes depois que Carlos Vieira leu o ofício enviado à assembleia onde a reitora explicava dois pontos da pauta: Ebserh e jornada de trabalho. De acordo com o chefe de gabinete, as reitoras tiveram que ir para Brasília participar de uma reunião.
Sobre a adesão do HU à Ebserh, no ofício datado do dia 10/6, a Reitora diz que será realizado debates com entidades interessadas e posteriormente um plebiscito vai decidir o destino do hospital. Sobre a jornada de trabalho ela desconversou argumentando que a mudança deve ser feita na lei e que não cabe à reitoria tomar esta decisão.
Os trabalhadores criticaram duramente a postura da reitora. De acordo com os TAEs a ausência da autoridade máxima da instituição mostouque estabelecer um diálogo com os trabalhadores não é importante. Muitos falaram que falta disposição para conversas e outros falaram que a reitora tem medo de fazer o debate político com a categoria pois faltariam argumentos para justificar sua posição. “Uma reitora que quer falar mas não quer ouvir”, disseram.
Houve falas conclamando os TAEs a intensificar a luta para que a reitoria estabeleça diálogo com os trabalhadores e se posicione sobre a adesão à Ebserh e a oficialização da jornada de 30 horas para todos na UFSC. “O HU é um patrimônio da população catarinense e não pode ser privatizado. Quem está parado no rio também está a favor dele”, disse a trabalhadora.
Foram feitas várias denúncias sobre como a administração da universidade está fazendo política de bastidores para que a Ebserh seja aceita pelos trabalhadores do HU. Um relato de reunião do conselho diretor do hospital foi lido onde há a descrição de como a Vice Reitora argumenta colocando a Ebserh como sendo a solução para os problemas.
A advogada do sindicato deu esclarecimentos na assembleia sobre o adicional noturno dos seguranças e de funcionários do HU que não foram pagos. A assembleia deliberou que o Comando Local de Greve vai discutir o assunto.
A próxima reunião do Comando Local de Greve será realizada nesta quarta-feira, dia 11, às 14 horas, na reitoria. A assembleia acontecerá na sexta-feira, dia 13, às 10 horas, no mesmo local.