Na manhã desta sexta-feira (07/01), a UFSC publicou a portaria de nº 419/2022 que suspendeu o retorno às atividades presenciais. A decisão é divulgada após pressão dos TAEs e SINTUFSC, que evidenciaram em publicações nas redes oficiais do Sindicato e em ofício entregue à Reitoria a falta de condições epidemiológicas para o início da Fase 2.
Na tarde de quinta-feira (06/01), coordenadores do SINTUFSC estiveram presentes na Reitoria da UFSC a fim de dialogar e entregar um ofício com questionamentos sobre as precárias condições de trabalho para o retorno presencial na UFSC.
Foi informado aos coordenadores do SINTUFSC que os servidores do gabinete da reitoria que geralmente trabalham presencialmente, não estavam presentes. Dessa forma, o SINTUFSC enviou o ofício para a Reitoria por e-mail.
Para a decisão a reitoria afirma seguir um parecer da Comissão Permanente de Monitoramento Epidemiológico que destacou a expansão da pandemia de COVID-19. Entre os dados levantados pela Comissão estão:
↪️A aguda expansão de casos novos de Covid-19 tem sido reportada em diversos países ao redor do planeta a partir do predomínio da variante Ômicron. Mesmo países com alta cobertura vacinal têm apresentado tal aumento a partir de dezembro de 2021.
↪️Com base nos dados oficiais, no caso particular de Santa Catarina, observa-se que ao final do ano de 2021 o estado continuava ocupando o 2º lugar no ranking nacional dentre os estados com o maior número de registros da doença a cada 100 mil habitantes. Já em termos absolutos, Santa Catarina é o 7º estado como maior número de casos e o 10º estado com maior número de óbitos.
↪️O número reprodutivo efetivo (Rt) – indicador que mede a taxa de transmissão do vírus na população – ficou em 0.831 no dia 28.12.2021, sendo que nas diversas regiões esse indicador variava entre 0.889 (Grande Oeste) a 0.991 (Grande Florianópolis). Tal parâmetro representou uma inversão da tendência que vinha se mantendo nos últimos meses, indicando que o Sars-CoV-2 voltou a circular com maior velocidade no estado.
↪️A transmissão comunitária da variante Ômicron do coronavírus em Santa Catarina foi confirmada pela Secretaria de Estado da Saúde (SES/SC) .
É importante notar que parte destes dados já eram de domínio público antes da publicação da portaria nº 416, em 29 de dezembro. O que aponta para uma tomada de decisão que não considerou dados que já mostravam uma mudança de cenário da pandemia.
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