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Servidores do HU vivem drama com possibilidade de corte de adicionais

Servidores do HU vivem drama com possibilidade de corte de adicionais

16824108810_cd53865ae2_zA possibilidade de o próximo contracheque dos servidores da UFSC vir sem os adicionais de insalubridade e periculosidade está deixando os trabalhadores e trabalhadoras do Hospital Universitário de cabelo em pé. Um abaixo assinado ainda tímido está circulando entre os servidores, coletando assinaturas para um manifesto a ser entregue à reitora Roselane Neckel, exigindo que a Universidade desista de implementar a Orientação Normativa 06/2013 do Ministério do Planejamento, que recomenda reduções e até mesmo o corte dos direitos. Além da UFSC, apenas a Federal da Bahia teria acatado a cartilha de Brasília.

Na próxima terça-feira (7), primeiro dia da paralisação de 72 horas que os TAE’s da UFSC fazem na Jornada Nacional de Lutas dos Servidores Federais, representantes dos técnicos do HU vão participar do início do movimento para oficializar a entrega do documento. O ato está marcado para as nove da manhã no Hall da Reitoria.

O assunto foi pauta da reunião no auditório do HU na manhã desta quinta-feira (02/4), quando Celso Ramos Martins, da Coordenação Geral do SINTUFSC, fez um alerta quanto ao retrocesso na pauta interna e a perda de direitos históricos dos trabalhadores, entre eles o corte nos adicionais de periculosidade e insalubridade, que ronda os servidores da Universidade e em especial os lotados no Hospital Universitário. A perda é representativa no conjunto do contracheque da média dos servidores lotados no Hospital, pois o fim de um adicional de 20% pode suprimir de R$ 500 a mais de R$ 1 mil no orçamento de cada servidor atingido pela medida.

O advogado Guilherme Querne, da assessoria jurídica do SINTUFSC, explicou aos servidores as medidas judiciais em andamento para impedir a supressão dos direitos dos trabalhadores em receberem os adicionais. “É preciso ficar claro que politicamente a reitora poderia ter se recusado a implantar a Orientação Normativa do Ministério, invocando a questão da autonomia universitária”, reforçou ele. O assessor jurídico observou que Roselane Neckel teria o amparo da legislação para evitar o cumprimento da Orientação Normativa do Ministério. Segundo ele, a ON não tem status superior ao da Lei que criou o adicional de insalubridade e assegurou o direito aos profissionais, desde que expostos aos riscos inerentes de cada atividade.

Já Ricardo Egídio da Rocha, da Coordenação Geral do SINTUFSC e enfermeiro lotado no HU, defendeu a necessidade de mobilização de todos os colegas para a defesa de seus direitos. Ele ressaltou a importância da unidade da categoria, respeitadas as características de cada setor, e do fortalecimento do movimento sindical para que a luta da categoria surta efeitos concretos na conquista de melhorias.

A técnica de laboratório Cinthia Fonseca Pereira, desde 2012 trabalhando no HU da UFSC, foi uma das servidoras a lamentar a política de medicina do trabalho existente no âmbito da Universidade. Ela conta que seus últimos exames laboratoriais sofreram alterações e ela teme que sejam reflexo de sua exposição ao longo dos anos aos materiais biológicos presentes em seu cotidiano laboral. “Temos consciência de que os adicionais de insalubridade e de periculosidade não tem caráter salarial, mas sim indenizatório. No entanto, faz uma enorme diferença, pois corremos riscos e devemos nos proteger em nossa vida profissional”, diz ela, defendendo que é preciso fazer pressão política contra a reitora para evitar que o salário de abril venha sem os adicionais já no próximo contracheque.

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