A coordenação do Sintufsc cumprimenta as filiadas pelo transcurso neste domingo, 8 de março, do Dia Internacional da Mulher, ao mesmo tempo em que reconhece a força e o importante papel que elas desempenham na luta pela conquista dos direitos da categoria. Pela importância de vocês todas, a direção do nosso sindicato considera essa data uma oportunidade de reflexão em torno da necessidade de mobilização para a redução das desigualdades e para discutir todas as formas de discriminação e violência, morais, físicas e sexuais, enfrentadas pelas mulheres em nosso País.
Muito se avançou em busca da igualdade no Brasil, mas o cenário ainda é desolador. Os dados são assustadores: uma mulher é morta a cada duas horas e a perspectiva é que a violência machista não se detenha tão cedo, diante da ausência de políticas públicas educativas de qualidade, como aponta Alice Bianchini, doutora em direito penal pela PUC/SP. Em 2012 ocorreram 4.719 mortes de mulheres por meios violentos no Brasil, ou seja, 4,7 mortes para cada grupo de 100 mil mulheres.
No campo jurídico, a Lei Maria da Penha, de 2006, contribuiu para a redução dos níveis da violência doméstica e familiar contra a mulher. Essa semana a Câmara Federal aprovou nova lei alterando a legislação penal e transformando a figura do feminicídio, homicídio qualificado, em crime hediondo, com o agravamento da pena aos autores. O condenado por crime hediondo deve cumprir um período maior da pena no regime fechado para pedir a progressão a outro regime de cumprimento de pena (semi-aberto ou aberto).