Nesta quinta-feira (22), dia nacional de paralisação, os trabalhadores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) também manifestaram seu descontentamento com os projetos que ameaçam os direitos dos trabalhadores e precarizam o serviços públicos no País, como o PLP 257 (atual PLC 54/2016 em tramitação no Senado Federal) e a PEC 241, entre outras medidas. Pela manhã foi realizada assembleia geral do SINTUFSC na tenda montada em frente à Reitoria da Universidade. Um dos encaminhamentos aprovados pela plenária foi o de que a assembleia universitária chamada para a tarde teria caráter informativo, além de deliberar pela participação no ato marcado para o final da tarde no Largo da Alfândega, na área central da Capital.
Logo após à assembleia feita pela manhã, os trabalhadores percorreram os setores da universidade para entregar material informativo sobre as ameaças a direitos e conversar com os trabalhadores sobre os motivos da paralisação. Também foi aprovada a realização de uma assembleia geral na próxima quinta-feira (29) às 8 horas no hall da Reitoria na programação do dia nacional de paralisação.
Durante a assembleia foi colocada em pauta a questão do contrato com a Unimed do Plano Operacional, com a plenária deliberando pelo ingresso de ação judicial. Celso Martins, da Coordenação Geral do SINTUFSC, informou que a lei nacional na modalidade prevê o ressarcimento ao SUS dos usuários do plano e que são atendidos pelo sistema público. Lembrou que isso acontece nacionalmente e diversas entidades sindicais enfrentam problemas financeiros para cobrir os gastos. O coordenador geral do sindicato informou que será realizada uma assembleia geral específica sobre o tema no dia 27 de outubro, às 14 horas, para discutir a situação e tomar decisões quanto aos encaminhamentos. De acordo com o assessor jurídico do sindicato, Antonio Carlos Silva, o contrato Custo Operacional mantido pelo sindicato é de alto risco e o plano não é regulamentado. Segundo o advogado, em reunião com representantes da Unimed eles informaram que o plano de saúde será rescindido.
Os participantes da assembleia realizada durante a tarde discutiram a estratégia de aproximação entre as entidades que representam os diversos segmentos da comunidade universitária. A atividade foi saudada como um passo importante para a construção de uma assembleia unificada para embasar um futuro movimento de greve geral começando pela área da Educação. Para o vice-presidente da Apufsc-Sindical (Sindicato dos Professores das Universidades Federais de Santa Catarina), professor Valmir José Oleias, é importante que se faça um trabalho de unificação das entidades para uma defesa conjunta dos direitos dos trabalhadores da universidade. “Nós teremos tempos conturbados pela frente, pois nesses dois meses do novo governo federal deu pra perceber que as restrições de direitos serão grandes e é importante uma aproximação entre os segmentos da UFSC”, observou. Para o docente, o diálogo local com a administração deve ser mantido como forma de amarrar a garantia de recursos no fórum de reitores das universidades do País que é a Andifes.
Confira as imagens da mobilização de hoje: