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Comissão de mobilização

22/11/2017

Comissão de mobilização

Nesta quarta-feira (22), primeiro dia da paralisação dos trabalhadores técnico-administrativos da UFSC, a comissão unificada de mobilização está divulgando as atividades que estão sendo tocadas na Universidade durante o mês de novembro. Confira abaixo o texto divulgado pelos integrantes da comissão.

Também estão sendo distribuídos no campus panfletos com os eixos das paralisações e movimentos de greve nas instituições públicas de ensino superior do País. O objetivo é informar sobre os motivos do movimento e a situação das universidades e dos trabalhadores na conjuntura de extinção de direitos. Clique aqui e imprima o documento.

Unidade na UFSC em defesa dos direitos e da universidade pública

universidade pública, gratuita e autônoma tem sofrido constantes ameaças no que se refere ao financiamento público, condições de trabalho e políticas estudantis. Os movimentos estudantis e de trabalhadores, no entanto, já impediram muitas tentativas de cobranças de mensalidades, de intervenção à autonomia e interferência de grupos privatistas.

No curso do último ano os ataques têm se intensificado. O elemento mais drástico no desmonte da universidade pública é a Emenda Constitucional 95 que limita os investimentos sociais, impedindo a ampliação da universidade, das condições estruturais, o atendimento às demandas estudantis e a reposição de professores e TAES,. Isso abre as portas para a captação externa de recursos, ao mesmo tempo em que cria as condições para cobranças de taxas e mensalidades, levando a universidade a perder seu caráter público e converter-se em Organização Social (OS).

Vivemos um período de duros ataques aos estudantes e trabalhadores. A suspensão de gastos do Ministério da Educação para esse ano resultou em cortes de até 60% das verbas nas universidades. O CNPq anunciou um corte de 44% do seu orçamento e prevê o não pagamento das bolsas até o fim do ano. Os estudantes sentem todos os dias os resultados dessa precarização da universidade pública. A moradia estudantil conta com apenas 166 vagas para 27 mil estudantes e um auxílio moradia de 250 reais. Pais e mães não têm acesso à moradia estudantil e possuem pouquíssimo acesso aos espaços para educação infantil e básica. Os indígenas não têm suas demandas atendidas e sofrem com a falta de política de permanência. O RU têm apenas 1300 lugares para atender diariamente cerca de 8000 pessoas. Precisamos intensificar nossas lutas a exemplo das ocupações estudantis, os atos públicos, os debates, a construção das greves gerais e o fortalecimento dos centros acadêmicos, do DCE e da APG.

Os trabalhadores da universidade vêm sendo substituídos por trabalhadores terceirizados e ainda mais precarizados, sem reconhecimento e incentivos e nem direitos de organização:

– Tramita um projeto de Lei que prevê o fim da estabilidade (PL116/2017) e a exoneração de servidores públicos, abrindo reais possibilidades de perseguições políticas;

– o congelamento dos salários e o aumento da contribuição previdenciária (MP805/2017), implica em uma redução salarial dos servidores públicos;

– a contrareforma da previdência (PEC287/2016), impõe um tempo bem maior de trabalho e reduz os vencimentos dos aposentados, dificultando o ingresso de novos trabalhadores;

– a qualidade da universidade fica comprometida, uma vez que não há  valorização profissional, remuneratória ou de direitos, acarretando na tendência à perda de trabalhadores qualificados, cujo mecanismo de saída é facilitado pelo Programa de Demissão Voluntária (MP792/2017)

Diante deste cenário que a cada dia torna mais explícito o projeto de desmonte da universidade pública brasileira, estudantes, docentes e TAEs constituem a Comissão de Mobilização Unificada para articular as lutas e fazer o enfrentamento aos projetos em curso. No mês de novembro a Comissão integrou as vitoriosas vigílias ao Conselho Universitário (CUn) a fim de assegurar que a sucessão da reitoria ocorresse com consulta à comunidade universitária. Foi realizada uma assembleia universitária no dia 10 de novembro – dia de lutas em defesa dos direitos e contra as reformas, e pela garantia de um processo eleitoral democrático na UFSC.

Agenda de mobilizações para o mês de novembro:

22 e 23/11: Paralisação TAEs UFSC

23/11: Assembleia TAEs UFSC, às 14h, no Hall da Reitoria.

27/11: Aula Pública Resistência ao abuso de poder e ao fascismo, às 14h no Auditório Garapuvu. Organizado pela Reitoria da UFSC e o Coletivo Floripa Contra o Estado de Exceção.

28/11: Caravana à Brasília em defesa dos direitos. Organizada pelo SINTUFSC.

28/11: Vigília ao CUn

Convidamos todos a participar das ações organizadas pela Comissão de Mobilização Unificada. As reuniões são abertas e ocorrem às segundas-feiras, a partir das 11h30, no vão do Bloco D do CED.

Comissão de Mobilização Unificada UFSC

http://universidadeunific.wixsite.com/comissaounificada

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