SINTUFSC cobra respostas sobre fechamento da emergência pediátrica do HU-UFSC
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30/10/2017
O Sintufsc convida seus filiados para prestigiarem na tarde desta terça-feira (31/10), no Centro da Capital, a atividade Dia do Saci e seus Amigos, iniciativa político-cultural com o objetivo de estimular a visão crítica de crianças e adolescentes. O evento acontece na Esquina Democrática, no calçadão da rua Felipe Schmidt com Deodoro, das 15 às 16h30, e vai contar com apresentações de Boi-de-Mamão.
O sindicato está prestando apoio à iniciativa, financiando o carro de som e a apresentação do Boi-de-Mamão, entre outras ações, para o sucesso do evento que estimula as pessoas a pensarem por suas próprias cabeças, valorizando as raízes culturais e artísticas locais.
“É claro que elas devem reconhecer e valorizar a cultura dos demais povos, mas sem serem ‘colonizadas’ por iniciativas que não nos pertencem, como o Haloween, que hoje domina o imaginário infantil, juvenil e popular em muitas partes do mundo, inclusive no Brasil”, dizem os organizadores.
Pelo 14º ano, acontece a celebração do Dia Nacional do Saci-Pererê e seus Amigos, no dia 31 de outubro (terça-feira), das 15h às 16h30 horas, na Esquina Democrática, em frente à igreja São Francisco, em Florianópolis. A promoção é da revista Pobres & Nojentas. Esperamos você na celebração para trazer alegria a esses dias difíceis vividos no país! Os nossos parceiros nesta edição são o Sindicato dos Trabalhadores em Educação das Instituições Públicas de Ensino Superior do Estado de Santa Catarina (Sintufsc) e o Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Energia Elétrica de Florianópolis (Sinergia), ambos mais uma vez apoiando a mídia alternativa de Florianópolis e a cultura popular!
A Lei n. 9.984, de 15 de março de 2016, instituiu em Florianópolis 31 de outubro como Dia do Saci. Várias escolas da cidade começaram a celebrar o Dia do Saci. São objetivos desta data, através da figura do Saci: I – disseminação e enraizamento dos mitos brasileiros de nossa cultura; II – promoção de atividades artísticas e de lazer em escolas, bibliotecas, casas de cultura, praças e parques; e III – incentivo à leitura de obras comprometidas com os valores e raízes do folclore e cultura popular.
Estripulias do saci
A lenda é assim! Basta que exista um bambuzal e, de repente, de dentro dos caniços, nascem os sacis. É como eles vêm ao mundo, dispostos a fazer estripulias. Conta a história que esses seres já existiam bem antes do tempo que os portugueses invadiram nossas terras. Ele nasceu índio, moleque das matas, guardião da floresta, a voejar pelos espaços infinitos do mundo Tupi-Guarani. Depois, vieram os brancos, a ocupação, e a memória do ser encantado foi se apagando na medida em que os próprios povos originários foram sendo dizimados.
Quando milhares de negros, caçados na África e trazidos à força como escravos, chegaram no já colonizado Brasil, houve uma redescoberta. Da memória dos índios, os negros escravos recuperaram o moleque libertário, conhecedor dos caminhos, brincalhão e irreverente. Aquele mito originário era como um sopro de alegria na vida sofrida de quem se arrastava com o peso das correntes da escravidão.
Então, o moleque índio ficou preto, perdeu uma perna e ganhou um barrete vermelho, símbolo máximo da liberdade. Ele era tudo o que o escravo queria ser: livre! Desde então, essa figura adorável faz parte do imaginário das gentes nascidas no Brasil. O Saci-Pererê é a própria rebeldia, a alegria, a liberdade.
Com o processo de colonização cultural via Estados Unidos – uma nova escravidão – foi entrando devagar, na vida das crianças brasileiras, um outro mito, alienígena, forasteiro. O mito do Haloween, a hora da bruxa e da abóbora, lanterna de Jack, o homem que fez acordo com o diabo.
A história é bonita, mas não é nossa. Tem raízes irlandesas e virou dia de frenéticas compras nos EUA e também no Brasil. Na verdade, a lógica é essa. Ficar cada vez mais escravo do consumo e da cultura alheia.
Jeito antigo de colonizar as mentes e dominar. É por isso que os sacizeiros e sacizeiras querem recuperar o Saci, o brasileiro moleque das matas, guardião da liberdade, amante da natureza que hoje está ameaçada de destruição. Junto com ele trazemos também os amigos, as bruxas de Cascaes, o Caipora, o Curupira, a Mula-sem-cabeça e tantos outros que povoam o imaginário em todas as regiões do país.
Venha brincar com a gente!