Em assembleia geral no hall da Reitoria na tarde de quarta-feira (6/12) os trabalhadores técnico-administrativos em Educação da UFSC discutiram a iminência da Administração Central da Universidade implantar os equipamentos do ponto eletrônico. Em função da ausência dos dirigentes da Administração (clique aqui e leia a justificativa) os trabalhadores ouviram o parecer da assessoria jurídica do sindicato, através do advogado Guilherme Belém Querne, que fez um relato técnico sobre as medidas judiciais enfrentadas pela Reitoria, ré em ação civil pública movida pelo Ministério Público Federal.
Por decisão judicial, a UFSC foi condenada a implantar o ponto eletrônico até dezembro deste ano, em prazo prorrogado do final do ano passado. Os trabalhadores tem conhecimento que os equipamentos já foram comprados pela Universidade e, durante a assembleia, aprovaram uma paralisação para a próxima terça-feira, dia 12 de dezembro, com a realização de um ato contra a implantação do ponto eletrônico na UFSC e a retirada de direitos. A concentração será às nove da manhã no hall da Reitoria, momentos antes de uma reunião da administração para tratar de assuntos relacionados à jornada de trabalho dos técnicos, inclusive o ponto eletrônico.
A categoria segue inconformada com a medida, pois considera a utilização do equipamento uma forma discriminatória de controle de frequência, visto que deixa categorias de fora, como os docentes e algumas chefias. Os trabalhadores deixaram claro que não são contrários ao controle de assiduidade, pois defendem inclusive o controle social. A mesa dos trabalhos da assembleia foi dirigida por Celso Ramos Martins, Dilton Mota Rufino e Maria Aparecida Pereira Martins, da coordenação do SINTUFSC.
Celso Ramos Martins informou à plenária os resultados parciais da consulta que a secretaria do sindicato vem fazendo junto às demais universidades do País quanto ao ponto eletrônico. Segundo ele, das 29 já consultadas, enquanto 18 já estão com o ponto eletrônico em funcionamento, outras 11 não têm o equipamento instalado.
Durante a assembleia foi aprovada a composição da comissão que vai tratar da questão do controle de assiduidade na Universidade e fortalecer a luta contra a implantação do ponto eletrônico. Por recomendação da assembleia, o sindicato encaminhou ofício ao reitor solicitando que, devido ao caráter transitório da atual administração, ele se abstenha de instalar os equipamentos até mesmo em caráter de teste, transferindo a responsabilidade para a futura gestão, a ser eleita em 2018.
A próxima assembleia da categoria, para deliberar sobre a greve nacional da categoria e retomar a questão do ponto eletrônico, ficou agendada para quarta-feira, 13 de dezembro, às nove da manhã no hall da Reitoria.