Em reunião na Reitoria, sindicato reforça posição contra o ponto eletrônico na UFSC

Em reunião na Reitoria, sindicato reforça posição contra o ponto eletrônico na UFSC

Com a presença dos diretores do sindicato junto ao gabinete da Reitoria, que chamou os representantes do SINTUFSC para uma reunião na manhã desta quinta-feira (19/10), os coordenadores reforçaram para a reitora em exercício, professora Alacoque Erdmann, a posição congressual da categoria contrária à implantação do ponto eletrônico e pelas 30 horas para todos no âmbito da Universidade. Alacoque disse estar precisando do apoio de todos para que possa ser superado o momento vivido pela Universidade, que está sendo vigiada pelos organismos de controle, que cobram a imediata implantação do controle eletrônico de frequência, cujos equipamentos já foram comprados pela administração. Segundo ela, um grupo de trabalho foi montado com pessoal da Prodegesp, da Setic e da Procuradoria para que o contrato com a empresa vencedora da licitação seja cumprido e comece a implantação dos equipamentos até o próximo mês de dezembro.

O coordenador geral do sindicato, Celso Ramos Martins, reforçou o momento de tristeza vivenciado com a perda do reitor e destacou que a entidade tem todo o interesse em defender a instituição, mas cobrou da administração a luta pela autonomia universitária e reforçou que a implantação do controle apenas para uma das categorias que trabalham na UFSC vai reforçar o isolamento e a divisão entre os trabalhadores. Segundo ele, o comunicado da administração será assunto de pauta de reunião da direção e posteriormente discutido em assembleia da categoria.

Ele também defendeu a desvinculação do ponto eletrônico com o que a administração vem tratando como flexibilização da jornada. “Defendemos 30 horas para todos os servidores e não somos contrários a algum tipo de controle, mas essa medida exclui algumas chefias e professores”, ponderou Celso Martins, destacando que existem outros controles sociais a serem utilizados ou aprimorados. O coordenador duvidou que a implantação do ponto eletrônico tenha condições de melhorar a produtividade na Universidade, considerada uma das melhores do Brasil.

Os diretores do sindicato disseram ser contraditório que a administração destine recursos financeiros para a compra dos equipamentos em atendimento aos órgãos de controle e deixe de priorizar verbas para laboratórios e outros programas acadêmicos da instituição que sofrem o corte de verbas orçamentárias. “Assim como a reitora anterior ficará marcada para sempre como a única que mandou cortar o ponto dos servidores durante uma greve, a senhora poderá ficar com a pecha de quem mandou colocar o ponto eletrônico na universidade”, lamentou o coordenador de Formação de Políticas Sindicais do SINTUFSC, Dilton Mota Rufino.  Os diretores garantiram que o descontentamento na categoria poderá trazer desdobramentos imprevisíveis.

A reitora estava acompanhada dos responsáveis pela gestão de pessoal na UFSC, como a pró-reitora Carla Búrigo (Prodegesp), que fez um relato sobre a retomada do fluxo de trabalho da comissão central e das 38 comissões setoriais que estão tratando da jornada de seis horas nas unidades acadêmicas e administrativas. Segundo ela, o momento de luto e o impacto pela morte do reitor Luiz Cancellier afetou a todos na instituição. A reitora destacou que a experiência da UFSC em flexibilizar a jornada está sendo considerada referência nacional, pois está sendo acompanhada de perto pelos reitores junto à Andifes, para que após constatado o êxito da medida o modelo possa ser copiado pelas demais universidades.

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