Após inundação no almoxarifado e patrimônio do HU-UFSC, Sintufsc junto de sindicatos cobra ações de emergência e denuncia riscos de contaminação
07/02/2025Em reunião nesta quinta-feira, 6, o SINTUFSC, em conjunto com Simdlimp e […]
28/05/2018
A Direção do SINTUFSC torna público seu apoio à greve dos caminhoneiros, que lutam com unidade, com o apoio dos diversos sindicatos e centrais sindicais, assim como da sociedade em geral. Os caminhoneiros, neste momento, fazem o enfrentamento às políticas neoliberais adotadas pelo governo Temer, desde 2016, que afetam diretamente o preço do petróleo e seu derivados, como gasolina, querosene para aviação e óleo diesel, que chegaram a um patamar que proíbe a atividade dos caminhoneiros e incide diretamente sobre o custo de vida dos brasileiros e brasileiras. Nosso apoio é para que as reivindicações sejam atendidas dentro dos marcos do estado democrático de direito.
Entendemos que a tão propagandeada crise que o País passa não acontece de maneira espontânea, ela tem uma causa bem definida. A causa da “crise” é a adoção de políticas econômicas que atendem somente aos interesses do capital internacional e nacional; que não atendem aos interesses dos trabalhadores e trabalhadoras do campo e da cidade, das micro, pequenas e médias empresas, que não atendem aos interesses dos pequenos e médios produtores rurais, dos que praticam a agricultura familiar como forma de garantia e qualidade de vida, necessariamente, acabam em conflitos e convulsão social. Isto vale para o Brasil ou para quaisquer país do mundo, principalmente, para os que ainda resguardam um mínimo de democracia.
A causa está diretamente ligada à nova política econômica adotada pelo governo Temer, causando impactos diretos sobre a sociedade. Em outubro de 2016 esta “nova” política econômica mudou, também, a maneira de gerenciar a Petrobrás. Antes de outubro de 2016 os produtos da Petrobrás eram regulados pelo Governo, pelo interesse estratégico para o desenvolvimento das empresas nacionais, sendo elas de qualquer tamanho. No período em que a política econômica era outra havia desenvolvimento das empresas e o mercado foi aquecido, o emprego estava garantindo, onde chegamos ao pleno emprego (em torno de cinco por cento). Então, até 2016, o preço dos derivados do petróleo, como gasolina, querosene para os aviões e o óleo diesel, eram controlados pelo Governo. Deste modo a Petrobrás cumpria sua função social, e se tornava uma das maiores do setor no mercado externo, sendo um exemplo de crescimento econômico e de produção.
Depois de 2016, como a política de preços do petróleo nacional passou a ser definido pelo mercado, não o nacional, mas pelo mercado internacional, ou seja, quando o dólar sobe o barril de petróleo brasileiro também sobe, isto fez com que o preço da gasolina e seus derivados também subam.
Com a adoção desta nova política econômica, outra política também teve lugar, a de vender o petróleo produzido e importar os combustíveis refinados. Com esta mudança a refinarias do País estão sendo sucateadas e os investimentos deixaram de ser prioridade do Governo brasileiro.
Hoje o Brasil importa óleo diesel, sendo os Estados Unidos responsáveis diretos por oitenta por cento do que o Brasil compra, isto tudo com os aumentos sendo ditados pela variação internacional do dólar americano. Então, a luta dos caminhoneiros, mesmo que muitos não tenham consciência disto, se traduz no combate a esta política perversa do Governo Federal.
Para terminar, sabemos que a crise dos combustíveis só terminará com uma Petrobrás 100% pública.
Florianópolis, 28 de maio de 2018.
Sindicato de Trabalhadores em Educação das Instituições Públicas de Ensino Superior do Estado de Santa Catarina – SINTUFSC