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Reunião discute ponto eletrônico na UFSC

12/12/2017

Reunião discute ponto eletrônico na UFSC

Em reunião da administração central da UFSC com os diretores dos centros de ensino da Universidade na manhã desta terça-feira (12/12), tendo como um dos pontos de pauta a implantação do ponto eletrônico para os trabalhadores Técnico-administrativos em Educação, a direção do SINTUFSC manifestou a posição da categoria contrariamente à medida, propondo que o assunto seja definido pela próxima administração da Universidade, a ser eleita em março do ano que vem. A direção foi convidada oficialmente pela Reitoria para participar da reunião, e o coordenador geral do sindicato, Celso Ramos Martins, conversou com o chefe de gabinete, professor Áureo Moraes, reforçando a importância da abertura aos trabalhadores que estavam no hall da Reitoria, participando do ato contra o ponto eletrônico e a retirada de direitos.

Os servidores reforçaram que a qualidade da Universidade não será assegurada com o controle de frequência através do ponto eletrônico. Os trabalhadores destacaram que não defendem a inexistência de algum tipo de controle de assiduidade. Ponderam que a UFSC é a sexta universidade pública do país em níveis de excelência sem que seja utilizado o ponto eletrônico. Atualmente o controle é feito através da assinatura de ficha ponto. A categoria sugere o controle social, e argumenta que a complexidade do funcionamento da instituição não favorece a utilização do ponto eletrônico. Celso Ramos Martins destacou que o decreto presidencial é discriminatório. “Isso vai criar uma divisão ainda maior entre as carreiras”, lamentou.

A conversa durou cerca de duas horas e foi realizada na Sala dos Conselhos, com a presença do reitor pro tempore da Universidade, professor Ubaldo César Balthazar e da pró-reitora de gestão de pessoas, Carla Búrigo, além de outros gestores da Universidade. O reitor em exercício alegou a existência da necessidade de atender a sentença judicial transitada em julgado desde 2015 sem que a UFSC recorresse da decisão. Na ação civil pública movida pelo Ministério Público Federal a Universidade foi condenada a implantar o ponto eletrônico até dezembro do ano passado, em prazo que acabou postergado para dezembro deste ano. “Não posso ser condenado por improbidade administrativa, decisão judicial é para ser cumprida”, reforçou o reitor.

A pró-reitora Carla Búrigo fez um relato dos planos da gestão em implantar três equipamentos em fase de testes ainda no mês de dezembro, junto à Biblioteca Universitária (BU), à Superintendência de Governança Eletrônica e Tecnologia da Informação e Comunicação (Setic) e à Secretaria de Educação a Distância (Sead). Todos os diretores de centro que se manifestaram durante a reunião se disseram contra o controle de frequência dos trabalhadores por meio do ponto eletrônico. Até mesmo o reitor em exercício manifestou-se contrário à medida.

A comissão de trabalhadores que trata da questão do controle de assiduidade na Universidade, criada em assembleia da categoria, vai conversar com a pró-reitora Carla Búrigo no início da manhã desta quarta-feira (13/12) para discutir a questão. Na sequência, às nove da manhã, está prevista uma assembleia geral da categoria no hall da Reitoria e um dos pontos da pauta é o ponto eletrônico.

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