Reunião discute ponto eletrônico na UFSC

Reunião discute ponto eletrônico na UFSC

Em reunião da administração central da UFSC com os diretores dos centros de ensino da Universidade na manhã desta terça-feira (12/12), tendo como um dos pontos de pauta a implantação do ponto eletrônico para os trabalhadores Técnico-administrativos em Educação, a direção do SINTUFSC manifestou a posição da categoria contrariamente à medida, propondo que o assunto seja definido pela próxima administração da Universidade, a ser eleita em março do ano que vem. A direção foi convidada oficialmente pela Reitoria para participar da reunião, e o coordenador geral do sindicato, Celso Ramos Martins, conversou com o chefe de gabinete, professor Áureo Moraes, reforçando a importância da abertura aos trabalhadores que estavam no hall da Reitoria, participando do ato contra o ponto eletrônico e a retirada de direitos.

Os servidores reforçaram que a qualidade da Universidade não será assegurada com o controle de frequência através do ponto eletrônico. Os trabalhadores destacaram que não defendem a inexistência de algum tipo de controle de assiduidade. Ponderam que a UFSC é a sexta universidade pública do país em níveis de excelência sem que seja utilizado o ponto eletrônico. Atualmente o controle é feito através da assinatura de ficha ponto. A categoria sugere o controle social, e argumenta que a complexidade do funcionamento da instituição não favorece a utilização do ponto eletrônico. Celso Ramos Martins destacou que o decreto presidencial é discriminatório. “Isso vai criar uma divisão ainda maior entre as carreiras”, lamentou.

A conversa durou cerca de duas horas e foi realizada na Sala dos Conselhos, com a presença do reitor pro tempore da Universidade, professor Ubaldo César Balthazar e da pró-reitora de gestão de pessoas, Carla Búrigo, além de outros gestores da Universidade. O reitor em exercício alegou a existência da necessidade de atender a sentença judicial transitada em julgado desde 2015 sem que a UFSC recorresse da decisão. Na ação civil pública movida pelo Ministério Público Federal a Universidade foi condenada a implantar o ponto eletrônico até dezembro do ano passado, em prazo que acabou postergado para dezembro deste ano. “Não posso ser condenado por improbidade administrativa, decisão judicial é para ser cumprida”, reforçou o reitor.

A pró-reitora Carla Búrigo fez um relato dos planos da gestão em implantar três equipamentos em fase de testes ainda no mês de dezembro, junto à Biblioteca Universitária (BU), à Superintendência de Governança Eletrônica e Tecnologia da Informação e Comunicação (Setic) e à Secretaria de Educação a Distância (Sead). Todos os diretores de centro que se manifestaram durante a reunião se disseram contra o controle de frequência dos trabalhadores por meio do ponto eletrônico. Até mesmo o reitor em exercício manifestou-se contrário à medida.

A comissão de trabalhadores que trata da questão do controle de assiduidade na Universidade, criada em assembleia da categoria, vai conversar com a pró-reitora Carla Búrigo no início da manhã desta quarta-feira (13/12) para discutir a questão. Na sequência, às nove da manhã, está prevista uma assembleia geral da categoria no hall da Reitoria e um dos pontos da pauta é o ponto eletrônico.

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