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TAEs de Curitibanos lançam manifesto em defesa da paridade na consulta para Direção do campus

28/08/2014

TAEs de Curitibanos lançam manifesto em defesa da paridade na consulta para Direção do campus

Está em curso no campus de Curitibanos da Universidade Federal de Santa Catarina o debate sobre a forma de apuração e consolidação dos votos da consulta à comunidade para os cargos de Diretor Geral, Diretor Acadêmico e Diretor Administrativo do campus.

Uma comissão paritária, com igual representação de estudantes, técnicos e docentes, foi montada para propor as regras da consulta e amanhã, 28 de agosto, o conselho do campus apreciará as propostas apresentadas na comissão. Segundo o representante dos TAEs no conselho do campus, Kauê Tortato, nessa reunião poderão serão apreciadas três propostas diferentes, sendo duas levantadas por docentes e uma terceira defendida por técnicos e estudantes.

Alguns docentes do campus defendem a proporção de 70% do peso dos votos para a sua categoria e 30% de peso dividido entre técnicos e estudantes, sendo 15% para cada um desses segmentos. Outros docentes defendem que 80% do peso na consulta seja atribuído aos votos dos servidores, sem distinção entre docentes e técnicos, e os outros 20% para os estudantes.

Os TAEs do campus de curitibanos e os estudantes defendem a paridade entre os três segmentos na consulta, ou seja, na apuração a contagem considerará o mesmo peso para cada um, sendo 1/3 para cada.

Com o intuito de dialogar com a comunidade e com os docentes, antes da votação no conselho do campus, o grupo dos técnicos publicou ontem, dia 27 de agosto, um manifesto em defesa da paridade, no qual apresentam argumentos em favor da igualdade entre os três segmentos além de serem contrários ao corporativismo muitas vezes presentes em diversas reivindicações e terminam o texto reafirmando a posição:

“[…] somos adeptos e defendemos a paridade, pois entendemos que 1/3 dos votos contempla os interesses coletivos, pensando na universidade de forma ampla, sem interesses corporativistas de cada segmento. A busca que tanto queremos não é por uma alternativa que de mais força para um ou outro segmento, mas sim por um projeto de universidade democrática.”

A direção do SINTUFSC está se movimentando para defender a manutenção das conquistas e evitar retrocessos em diversos setores da gestão universitária, pois recentemente há um processo intencional de diminuição de espaço e ataque aos TAEs. A questão da consulta para Reitor e dirigentes dos Centros e Campus é emblemática, devendo a comunidade toda ficar atenta para evitar retrocessos e garantir a democracia já conquistada.

Para Celso Martins, membro da Coordenação Geral do SINTUFSC, “[…] a defesa da democracia nas eleições para Reitor e dirigentes da UFSC, deve ser intransigente e inegociável, inclusive considerando inclusão da participação dos aposentados nesse processo, pois como membros da comunidade universitária devem ter igual direito de influir nos rumos da instituição à qual deram suas vidas para construir”.

Nacionalmente o tema da paridade nas eleições de dirigentes de instituições federais de ensino, foi objeto de discussão em um GT com MEC, representantes dos trabalhadores e dos Reitores e constou na pauta da última greve, estando ainda em pauta na mesa de negociação entre a Fasubra-sindical e o governo. Hoje há 3 PLs tramitando no congresso nacional e as discussões com o governo e o relator na câmara federal, avançam nesse ponto.

Ainda é preciso considerar que já há avanços nessa área. Nos Institutos Federais as consultas são paritárias por definição da lei que criou os IFs e nos campus os técnico-administrativos podem, inclusive, serem candidatos, eleitos e nomeados, diretores gerais, desde que cumpram os mesmos critérios dos docentes.

“Querer mudar as regras consolidadas há anos para o pleito na UFSC, em favor de uma consulta desproporcional, somente reforça o corporativismo e vai na contramão da história. O espírito é mudar a lei para consolidar a paridade” afirmou Rafael Pereira, membro da coordenação de formação e políticas sindicais do SINTUFSC e um dos representantes da Fasubra-sindical no GT democratização.

Confira aqui o manifesto dos TAEs de Curitibanos em defesa da Paridade

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