Diante da conjuntura de agravamento da retirada de direitos os trabalhadores técnico-administrativos da UFSC aprovaram, em assembleia geral da categoria realizada na tarde desta terça-feira (17), entrar em Estado de Greve a partir da próxima segunda-feira (23). A decisão saiu após longa discussão em torno da proposta da Federação dos sindicatos de trabalhadores das universidades federais (Fasubra) de deflagração de greve nacional a partir da próxima segunda, com flexibilidade diante da possibilidade de integrar outras categorias ao movimento.
O objetivo é mobilizar os trabalhadores no plano local para que o movimento grevista possa ser deflagrado em momento oportuno. De acordo com os encaminhamentos a serem aprovados durante a plenária nacional da Fasubra, que acontece no Rio de Janeiro no final de semana, a direção do sindicato e uma comissão de mobilização vai trabalhar no cronograma de atividades da mobilização. Os trabalhadores também aprovaram o envio para a administração central da UFSC a posição oficial da categoria contrária ao ponto eletrônico e a favor das 30 horas para todos no âmbito da universidade.
A assembleia escolheu também os nomes dos delegados a participarem da plenária nacional da Fasubra que acontece no final de semana no Rio de Janeiro. Pela direção vai estar Evandina Argena da Silva e pela base foram escolhidos os nomes de Dilton Mota Rufino, Eduardo Luz, Enézimo Marcelino e Hélio Rodak de Quadros Junior. Os delegados vão defender junto ao evento nacional a posição tirada na assembleia local da categoria.
Durante a assembleia houve uma fala dos representantes da Frente Brasil Popular, que convidaram à adesão da categoria a uma campanha nacional de recolhimento de assinaturas para apresentar um projeto de lei de iniciativa popular com o objetivo de anular a reforma trabalhista, recentemente aprovada pelo Congresso Nacional. A meta é chegar a 1,3 milhão de assinaturas para colocar o projeto em votação em Brasília antes da entrada em vigor da reforma, prevista para o dia 11 de novembro. A ideia é entregar as assinaturas dois dias antes e em Santa Catarina encerrar a coleta da assinaturas até 31 de outubro.
Também foi aprovada a subscrição da nota elaborada pelos integrantes do grupo “Floripa Contra o Estado de Exceção”, que reúne entidades e pessoas físicas para denunciar e lutar contra as ações policiais e judiciais que assombram o País, como a que acabou vitimando o reitor da UFSC, Luiz Cancellier, morto no início do mês em Florianópolis. Clique aqui para ler a íntegra da nota subscrita pelo SINTUFSC.