Na manhã desta quarta-feira (11/7) os trabalhadores técnico-administrativos da UFSC realizaram um ato contra o projeto que pretende proibir reajustes salariais aos trabalhadores do serviço público em 2019. A medida está incluída no texto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), prevista para entrar em votação nesta quarta na Comissão Mista de Orçamento do Congresso Nacional. A manifestação reuniu diversos trabalhadores e integrantes da direção do SINTUFSC no hall da Reitoria da Universidade.
Em sua fala, o coordenador geral do SINTUFSC, Celso Ramos Martins chamou a atenção para a emenda constitucional 95, de 2016, que congelou os gastos públicos em saúde e educação por 20 anos. “Somente com a unidade da categoria e com força vamos conseguir reverter este quadro”, observou. Para ele, de forma alguma pode haver um congelamento pelo Governo Federal enquanto ao mesmo tempo o setor público aumenta tarifas de energia e promove outros reajustes de preços enquanto os trabalhadores e a população ficam à mercê desta situação. Segundo o coordenador, com a unificação das suas lutas, os trabalhadores vão conseguir fazer a diferença e reverter o quadro.
Além de alteração na votação da LDO, um dos alvos das reivindicações dos trabalhadores é a revogação do decreto 9262, de janeiro deste ano, em que o Governo Federal extingue cargos efetivos que estiverem vagos e que vierem a vagar no quadro de pessoal da administração pública federal, além de proibir a abertura de novos concursos públicos e o provimento de vagas aos cargos relacionados. No caso dos técnico-administrativos, o anexo IV do decreto proíbe concursos e novos provimentos para 58 cargos, de nível fundamental até o superior.